Uma empatia natural com a área da saúde, foi essa característica que levou Hítalo Vasconcelos, Engenheiro Biomédico formado no Inatel, a se decidir pela carreira ainda no ensino médio. Quando cursava o técnico em eletrônica na ETE FMC, em Santa Rita do Sapucaí, o ex-aluno percebeu que os projetos de tecnologia assistiva, para auxiliar pessoas com deficiência, eram sempre os mais interessantes na feira anual da escola. Ao entender como aquelas ideias e equipamentos faziam bem para quem eram destinados, na hora Hítalo teve o estalo de que era isso que gostaria de fazer profissionalmente: levar qualidade de vida por meio da tecnologia.

A decisão foi rápida, mas a entrada na faculdade de Engenharia Biomédica nem tanto. Ao terminar o ensino médio, sua primeira opção, o Inatel, ainda não oferecia a graduação na área. Então, o técnico em eletrônica foi para o Vale do Paraíba e antes mesmo que as aulas começassem por lá, o curso foi cancelado. Parecia coisa do destino, bem quando resolveu ingressar em outra engenharia, recebeu a ligação do Inatel informando que o curso fora aprovado. A resposta?  “Sem nem saber se daria certo, larguei tudo em São José dos Campos e vim pra Santa Rita” conta Hítalo, entusiasmado.

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E retornar para o Vale da Eletrônica valeu a pena. “Entrei na primeira turma e me formei em 2014. Sempre digo pra galera aproveitar a faculdade e ganhar experiência, eu fui o único a começar a trabalhar na área no primeiro período e cheguei ao final do curso com cinco anos de carreira. Enquanto estava no Inatel consegui meu primeiro estágio na Master Medical, para desenvolver equipamentos médicos. Teve época em que prestei serviços para duas empresas ao mesmo tempo e também fiz um monte de outras coisas fora da área da saúde. Porém, confesso que (ficar na Eng. Biomédica) foi a coisa mais legal que fiz” recorda o ex-aluno.

Atualmente Hítalo é representante de vendas na Johnson & Johnson, mas foi um longo caminho até alcançar este posto. “Entrei como engenheiro de campo, pois nas cirurgias cardíacas para tratar arritmias é necessário ter um profissional dentro da sala operando o equipamento para construir o coração em 3D e interagir com o médico. Agora sou responsável pelos maiores hospitais do país como, Albert Einstein, Sírio-Libanês, Oswaldo Cruz, Beneficência Portuguesa e HCor” enfatiza o engenheiro.

Hítalo na FETIN
Letícia Lopes, Nicoli Bernardes, Hítalo, Samara Murano no Grupo Ozônius, na FETIN
Hitalo na FETIN
Hítalo e Jade Adami, Projeto Blink, FETIN

Existem livros e teorias que afirmam que todo fracasso é importante para o sucesso. Para esse esforçado aluno que saiu da roça (como ele mesmo descreve) em Paraguaçu, MG, um fato que poderia ser considerado uma falha, abriu seus olhos para o futuro. “Sempre ganhei prêmios e dei orgulho para minha mãe (risos), só que o volume de aulas na P1 era muito pesado e ainda começamos atrasados. E com dois empregos, eu não conseguia estudar, resultado: três dependências na P1. Nossa! Chorei, fiquei desgostoso da vida, mas graças a isso deixei o segundo emprego para focar no estudo, foi o que me encaminhou para o que realmente queria!” orgulha-se o profissional.

Interessante é comparar o Hítalo que entrou na faculdade desesperado com as notas e o tempo para conquistá-las e o que chegou ao final do curso, já não era a mesma pessoa. “Comecei a faculdade meio louco, mas saí sabendo gerenciar o meu tempo e pessoas, sabendo lidar com a pressão. E óbvio, o mais importante foram meus amigos, o networking que criei, a credibilidade que eu passei durante a faculdade e ainda colho frutos de tudo o que eu plantei naquela fase. Tanto que até hoje nunca procurei emprego, eu sempre fui convidado para trabalhar e tenho certeza que foi pelo networking construído”. O Inatelino conta ainda que está casado e mora em Barueri, SP, para estar próximo aos seus clientes.

Hítalo Vasconcelos
Hítalo VasconcelosEngenheiro Biomédico pelo Inatel
Turma Dezembro de 2014