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Cidade do Sul de Minas produz mais de 13 mil equipamentos eletrônicos

Santa Rita do Sapucaí, no Vale da Eletrônica, tem 142 empresas. Cidade é única do país a produzir e exportar tokens e transmissores digitais.

Quase um quarto de todos os moradores de Santa Rita do Sapucaí, a 400 km de Belo Horizonte, têm envolvimento na produção de artigos eletrônicos, o principal destaque da economia da região. Com menos de 40 mil habitantes, a pequena cidade do sul de Minas Gerais soma 142 empresas e exporta produtos para países como Estados Unidos, Alemanha e Japão. São apenas 265 habitantes para cada empresa localizada ali.

Fundado há 25 anos, o complexo de indústrias conhecido como Vale da Eletrônica gera 10 mil empregos diretos, resultando em 13,7 mil produtos eletroeletrônicos fabricados e um faturamento anual de R$ 1,7 bilhão, segundo números do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (Sindvel).

Santa Rita do Sapucaí se destaca nacionalmente por ser o único centro de indústrias de tecnologia a produzir transmissores e componentes eletrônicos para a transmissão de sinal de TV digital. É ali também que está a única empresa que fabrica as urnas eletrônicas usadas durante as eleições em todo o país, e a produção exclusiva de tokens, um dispositivo de segurança que fornece senhas para sistemas restritos, como contas de bancos.

Números

O crescimento da produção da região atraiu o interesse de investidores estrangeiros. A Hitachi, multinacional japonesa, fechou um acordo para comprar parte da Linear, a mais antiga empresa do Vale da Eletrônica. A empresa fabrica transmissores e componentes eletrônicos para a transmissão de sinal de TV digital. A Hitachi Kokusai terá uma participação majoritária no negócio.

Um ano de eleição costuma acelerar a produção de urnas na cidade. Somente em 2010, 250 mil urnas foram fabricadas no município. Para o pleito deste ano, outros 35 mil equipamentos foram produzidos.

Em Santa Rita do Sapucaí são produzidos cerca de 10 mil tokens por dia e já foram vendidos mais de 2,5 milhões destes aparelhos no Brasil e para outras 4 países. A indústria já possui mais de 1 milhão de encomendas feitas pelos principais bancos nacionais, espanhóis e norte-americanos.

Segundo o presidente da Sindvel, Roberto de Souza Pinto, o Vale da Eletrônica passou a a ter forte representação nacional e manteve crescimento contínuo. "Nós plantamos uma semente que brotou uma nova vertical em Santa Rita do Sapucaí. Até o final do ano, teremos pelo menos mais 20 empresas fazendo parte do nosso pólo", diz.

O início

O complexo de tecnologia do Sul de Minas surgiu de uma escola fundada em 1959, a primeira voltada para a formação de técnicos em eletrônica da América Latina e a 7ª no mundo. A fundadora, Luzia Rennó Moreira, conhecida como "Sinhá Moreira", se inspirou em uma palestra que assistiu no exterior, com ninguém menos que Albert Einstein, para investir em educação para jovens que não tinham condições de pagar um ensino particular.

"O mais interessante a se dizer sobre a idealizadora Sinhá Moreira foi a atitude dela de investir na pequena Santa Rita do Sapucaí com recursos próprios", conta Pinto.

Atualmente, 73% dos alunos estudam na escola como bolsistas. Já são mais de cinco mil profissionais formados em 52 anos de história. Quem sai da escola, já tem caminho certo: o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), referência nacional e internacional em pesquisa e formação de profissionais da área de tecnologia. Esse é o caminho direto para quem passa pelo primeiro estágio. O Inatel tem 1,4 mil alunos em sete cursos superiores.

Com uma política de incentivos e profissionais preparados para o desenvolvimento de produtos eletrônicos, em 1986 o município criou a marca do Vale da Eletrônica para atrair investidores de outros cantos do país. A marca é uma analogia ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, o principal polo de tecnologia do mundo.

Transformando concorrentes em aliados

Para evitar a concorrência entre empresas do mesmo ramo, o Vale da Eletrônica adotou um sistema conhecido como Arranjos Produtivos Locais (APL's). Organizadas neste formato, as pequenas e médias empresas ganham em escala, reduzem custos e conseguem ser mais competitivas, conquistando resultados que dificilmente seriam possíveis com uma atuação isolada.

Entre os benefícios estão compras conjuntas de matéria-prima, melhor negociação com fornecedores, visibilidade, aprendizado coletivo e compartilhamento de processos tecnológicos. Por outro lado, através da articulação com o governo e parcerias com instituições financeiras, é possível obter acordos, tratamento diferenciado nos financiamentos e linhas de créditos especiais, já que empresas participantes oferecem menos risco.

"É um exemplo bem sucedido de que esse modelo de negócio é certeiro para o alcance de uma economia sustentável. No Vale da Eletrônica, uma indústria se desenvolve em decorrência do negócio da outra, o que estimula o surgimento de novas empresas e a formação de uma cadeia produtiva cooperada", explica Pinto.

Na mira das Forças Armadas

O desenvolvimento do Vale da Eletrônica chamou a atenção das Forças Armadas Brasileiras. Na segunda quinzena de março deste ano, uma reunião foi proposta pelo Conselho da Indústria de Defesa e Compras Governamentais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Condefesa-Fiemg) para estreitar laços entre a indústria mineira com o setor militar.

Durante a reunião, os militares conheceram 10 empresas de Santa Rita do Sapucaí que foram selecionadas para oferecer tecnologia para o Exército, como por exemplo, na área das telecomunicações e equipamentos cibernéticos.

Segundo o vice-presidente da Fiemg, Marco Antonio Castello Branco, o Vale da Eletrônica será uma importante aliada para tender à nova demanda do Exército brasileiro. "Esse encontro serviu para que os empresários de Santa Rita do Sapucaí saibam do que as Forças Armadas estão precisando. Entre os projetos estão a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro e o primeiro satélite espacial a ser lançado", informa.

O vice-presidente da Fiemg disse que os militares tiveram uma boa impressão da cidade e que agora um processo de catalogação será o primeiro passo para se fazer a parceria.

"O 1º contato já foi feito, os oficiais gostaram muito do que viram e agora iremos capacitar os profissionais. Para isso, teremos que entrar no projeto de catalogação das empresas de Santa Rita do Sapucaí junto às Forças Armadas, que está previsto para o segundo semestre deste ano", diz Branco.

Fonte: http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2012/04/cidade-do-sul-de-minas-produz-mais-de-13-mil-equipamentos-eletronicos.html

Inatel

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