Página 9 - 21a. JORNAL INATEL

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POR ONDE ANDA
Mercado
L
uiz Gustavo Medeiros Queiroz foi o quar-
to brasileiro contratado pela multinacional
Huawei no departamento de pós-venda, em
dezembro de 2000. Hoje, aos 34 anos, é di-
retor do Departamento de
Network Roll-Out
(NRO).
Mas para chegar até onde está Queiroz trilhou
um caminho de objetivos claros, com determina-
ção e disciplina, essenciais para o direcionamen-
to da carreira. Quando estava no final do 8º pe-
ríodo, o estudante teve oportunidade de passar
três meses nos Estados Unidos para aprimorar
a língua inglesa através do acordo entre Inatel e
uma escola de idiomas.
Com o inglês afiado, durante os dois últimos
períodos do curso foi estagiário da Siemens, em
São Paulo, após passar na seleção realizada em
parceria com a faculdade. Ficou no estágio até o
fim do curso de Engenharia Elétrica, quando en-
trou para a Huawei. “A formação do Inatel foi re-
almente o alicerce para minha vida profissional.
O Instituto, com certeza, nos dá a direção para
aquilo que o mercado exige hoje, mas devemos
aproveitar ao máximo as condições que o Inatel
nos oferece, participando das feiras tecnológicas,
workshops, utilizando os recursos dos laborató-
rios e, principalmente, usufruindo do conheci-
mento dos professores que sempre dispuseram a
nos orientar e estão sempre alinhados com a tec-
nologia atual”.
Hoje o departamento que dirige na multina-
cional chinesa é responsável pelo pós-venda,
implantação dos projetos para todas as linhas de
produtos do portfólio da Huawei, sendo as prin-
cipais Wireless (Mobile), Transmissão e Acesso.
“Uma das minhas atribuições é garantir a imple-
mentação de projetos nas principais operadoras
do Brasil, Argentina e Chile juntamente com os
demais escritórios e gestores, coordenando uma
equipe de Gerentes de Projetos (PM) desde a
concepção da proposta até a entrega final”.
Para Luiz Gustavo, o mercado brasileiro de
Telecom vive um momento de potencial cresci-
mento e renovação, principalmente por causa
da crescente demanda de usuários e serviços. E
com os grandes eventos que serão realizados no
Brasil nos próximos anos, com certeza, as opor-
tunidades de trabalho serão grandes. Por isso,
o ex-aluno deixa sua dica para quem ainda está
estudando: “Durante os anos de graduação rea-
lizem estágios de férias, participem de pesquisas
científicas, desenvolvam outros idiomas e cursos
extracurriculares na área técnica e na área admi-
nistrativa. Não existe um caminho curto e sim
uma longa estrada a ser percorrida na qual você
será o sujeito principal e isso exigirá muito traba-
lho, aprendizado, vitórias e contra tempos e, por
isso, é importante não perder o foco”.
“Por onde anda” conta a trajetória profis-
sional de ex-alunos do Inatel. Mande sua
sugestão para o email jornal@inatel.br
Foco, disciplina e determinação desde o início
C
om certeza, muitos egres-
sos do Inatel estão, neste
momento, matando uma
curiosidade ao conhecer
um pouco mais de um dos inte-
grantes mais assíduos da tão fa-
mosa lista de ex-alunos do Yahoo,
o Luiz Nelson Fernandes Vergueiro.
Pois meus caros, este é o ho-
mem que fala com propriedade
sobre os mais variados assuntos e
tem muita história para contar. Em
uma das centenas de discussões
que ocorrem no grupo, Verguei-
ro deu exemplo ao falar do perí-
odo em que viveu em Santa Rita
do Sapucaí, no início da década de
70. Para pagar os estudos vendeu
carnê do Baú de porta em porta,
instalou antenas de TV, pescava e
vendia peixes nos bares. “Sou o que
sou hoje graças ao que aprendi em
Santa Rita do Sapucaí, cidade que
me deu estudo e, sobretudo, força
para seguir contra as adversidades,
que são sempre passageiras”.
Desde o final do segundo ano,
Vergueiro fez estágio na Cesp, em
Bauru, depois passou pela Telesp
e, em 1973, o engenheiro foi con-
tratado pela multinacional GTE Co-
municações e teve a oportunidade
de morar no exterior. Primeiro mu-
dou-se para Milão, na Itália.
Nos anos 90, aventurou-se nos
Estados Unidos. Morou em Miami
e abriu uma empresa de venda de
equipamentos na área de recepção
de TV por satélite e de rádio comu-
nicação. Com o início da telefonia
celular no Brasil, voltou ao país e
montou com amigos uma distribui-
dora de celular em São Paulo, que
não foi pra frente.
Atualmente, aos 60 anos, é ge-
rente comercial do Plano Nacional
de Banda Larga (PNBL), em Brasí-
lia, responsável pela comercializa-
ção para provedores e prefeituras.
Do tempo de estudante, lembra
que o Inatel era o centro do mun-
do para quem ali estudava e brinca
que os alunos eram vistos com uma
certa desconfiança pelas “mães
protetoras”, por isso, namorar era
difícil. “Restava estudar e aprender
carteado. Somos todos pós-gradu-
ados em buraco, caixeta, e claro,
truco”.
As grandes amizades perma-
necem até hoje. A turma se reen-
contra todos os anos em uma con-
fraternização, mas o
networking
virtual é intenso. “Acho fundamen-
tal a participação de todos nessa
nossa rede. É um espaço para tro-
ca de informações, experiências e
oportunidades, além de promover
a socialização de profissionais com
o mesmo foco”. Por falar nisso, será
que essa participação no Jornal do
Inatel será tema de conversa na lis-
ta doYahoo?
Conhecido de várias turmas, pessoalmente ou pela internet
Luiz Vergueiro (no centro) na
época da formatura, em 73
Vegueiro trabalha na
implantação do PNBL
Luiz Gustavo Queiroz,
ex-aluno formado em 2000