POR ONDE ANDA
mercado
Talento reconhecido internacionalmente
A
engenheira Patrícia Vello foi considerada
uma das mulheres líderes mundiais na área
de comunicação sem fio deste ano pela pu-
blicação norte-americana RCR Wireless,
com versão impressa e on-line.
Aos 41 anos, Patrícia está à frente da diretoria de
vendas da Ciena, uma empresa que chegou ao Brasil
há dois anos e oferece soluções inovadoras na trans-
missão óptica de alta capacidade.
Patrícia se formou em dezembro de 1993 e conta
que levou do Inatel muito mais que a formação aca-
dêmica. Para a engenheira, o Instituto não é apenas
uma grande faculdade de telecomunicações, mas
também uma escola de vida para os alunos. “O Inatel
teve uma importância muito grande em minha vida
e minha carreira. Aprendi engenharia, mas também
aprendi a lidar com situações que surgiriam em mi-
nha vida de uma forma mais madura.”
A vivência durante cinco anos na faculdade ren-
deu também grandes amigos para a vida toda e um
casamento, com o ex-aluno Gregston Marques Perei-
ra, com quem namorava desde o início do curso.
Depois de uma década na Nortel, Patrícia iniciou
na Ciena em 2010, mesmo ano que a multinacional
chegou a São Paulo e, claro, enfrentou os desafios
comuns nesta primeira etapa. Em 2012, a filial no
Brasil comemora resultados relevantes para a Ciena
Mundial, que vê o país como um local chave para in-
vestir.
De acordo com a engenheira, as soluções ofere-
cidas pela Ciena podem contribuir muito para o de-
senvolvimento do Brasil na área de wireless em curto
espaço de tempo, pensando nos eventos esportivos
previstos para 2014 e 2016. “A tecnologia da Ciena
permite aumentar a velocidade de transmissão em
fibras ópticas existentes. Em conjunto com esta tec-
nologia, a Ciena também conta com especialistas na
modernização de rede que ajudam o cliente a elabo-
rar um plano de migração de trafego para disponibili-
zar fibras para serem usadas com a nova tecnologia.”
Engenheira a serviço da saúde
E
liane Maria de Abreu Apolinario é gra-
duada em Engenharia Elétrica e pós-
graduada em Engenharia Biomédi-
ca. Emendou uma faculdade na outra
quando, no último período de Engenharia Elé-
trica no Inatel, se apaixonou pela Biomédica.
“
Foi como um amor a primeira vista. Fiquei en-
cantada com as coisas que uma amiga me di-
zia sobre seu estágio em uma empresa da área
biomédica. Iniciei então as pesquisas por um
curso de pós-graduação.”
Na época, julho de 1994, o Inatel ainda não
desenvolvia pesquisas ou cursos na área de
Biomédica. “Escolhi a subárea de instrumen-
tação, portanto, a eletrônica era a base que eu
precisava para entender melhor as tecnologias
médicas. Comecei do “zero” a estudar o corpo
humano (anatomia, fisiologia, etc.) e como as
diversas tecnologias interagem com ele”, re-
lembra.
A carioca, criada em Brasília, saiu de Minas
e seguiu para o interior de São Paulo, onde foi
cursar pós-graduação na Universidade Estadu-
al de Campinas. Na própria Unicamp iniciou a
carreira profissional, dando apoio técnico aos
setores de saúde da universidade.
No final da década de 90, passou a integrar
a recém-criada Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). Atuou na análise de pro-
cessos de registros de produtos médicos e nas
inspeções de certificação de Boas Práticas de
Fabricação, criada em 2000 para fabricantes e
distribuidores de produtos para a saúde.
A engenheira também teve experiência na
indústria. Foi supervisora técnica da Siemens
Medical, responsável pela venda e implantação
de serviços na área de engenharia clínica.
Ao mesmo tempo em que as engenharias
biomédica e clínica cresciam, Eliane se especia-
lizava e atendia às necessidades do mercado.
Com o surgimento de novas normas, a profis-
sional se dedicou ao serviço de consultoria e
auxiliou inúmeras empresas na implementação
de atividades que até então não existiam.
Desde 2009 está na Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo, no Grupo de Equipa-
mentos de Saúde, o qual é responsável pelo
planejamento, aquisição e apoio à gestão da
manutenção dos equipamentos de mais de 120
estabelecimentos de saúde, entre hospitais e
ambulatórios médicos de especialidades, su-
bordinados a rede estadual de saúde.
Com anos de experiência na área, Eliane
afirma que o mercado de trabalho para os en-
genheiros biomédicos é muito promissor. “A
demanda é cada vez mais crescente e a mão
de obra especializada ainda é escassa. São ne-
cessários profissionais tanto com perfis espe-
cialistas, nas mais diversas áreas, quanto perfis
generalistas, que entendam o sistema de saú-
de como um todo e as diversas tecnologias. E,
claro, também tem a área de pesquisa, tanto a
básica como para o desenvolvimento de novas
tecnologias, que cresce no Brasil e no mundo”,
exemplifica.
Eliane conta que não teria dúvidas em con-
tinuar no Inatel, caso na época já existisse o
curso de Biomédica. “O Inatel teve um papel
fundamental na minha formação humana e
profissional. O convívio com os professores e
colegas foi muito importante para mim. E hoje,
saber que o Inatel “abraçou” a área biomédica,
identificando e reconhecendo sua importância
e potencial, me deixa muito feliz e honrada por
poder dividir minha experiência com os futuros
colegas de profissão”.
Engenheira Patrícia Vello
Eliane Apolinario hoje e na época do Inatel (centro)