Se é real que o Aerosmith vai começar uma turnê de despedida no ano que vem, não se sabe, já que nem mesmo os integrantes parecem entrar em um acordo. Steve Tyler, o vocalista, disse em entrevistas que não tem mais jeito de continuar com a banda, enquanto Joe Perry, o guitarrista, já falou que não consegue nem pronunciar "a última turnê". Mas para Tom Hamilton, o baixista, o destino parece decidido. "O Aerosmith para, mas todos continuam", disse ele ao UOL.
"Mesmo com o fim do Aerosmith, meu desejo, e acredito que o de todos, é de continuar na música, porque é uma coisa natural. Gosto de diferentes estilos, mas ainda não sei qual caminho vou seguir. Claro que podemos nos reunir em alguns momentos, mas turnê mundial mesmo é a última", falou. Tyler, por exemplo, já partiu para o country (ele lançou em julho o disco solo "We're All Somebody From Somewhere"), e Perry faz parte do Hollywood Vampires, supergrupo com Alice Cooper, ex-integrantes do Guns N' Roses e o ator Johnny Depp.
Os shows que o Aerosmith faz a partir desta semana no Brasil ainda não podem ser chamados de despedida --afinal, eles voltam ao país em 2017 como atração do Rock in Rio, no dia 21 setembro. Dessa vez --a sexta passagem do grupo pelo Brasil--, a turnê começa por Porto Alegre, nesta terça-feira, no anfiteatro do Beira-Rio. Eles ainda passam por São Paulo (sábado, no Allianz Parque) e por Recife (dia 21 no Classic Hall).
A banda, formada em Boston (EUA) em 1969, tem os mesmo integrantes há mais de quatro décadas --entre algumas idas e vindas. Com Tyler, Perry e Hamilton, o Aerosmith se completa com o guitarrista Brad Whitford e o baterista Joey Kramer.
Com integrantes de diferentes influências, o Aerosmith também se transformou ao longo dos anos. "Nós tínhamos de tudo, ouvíamos muita coisa. Sempre tentávamos fazer alguma coisa parecida com as bandas que gostávamos, tipo o Led Zeppelin", relembra Tom.
Fonte: Rodolfo Vicentini
Do UOL, em São Paulo