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                                                                         Filipe Giffoni Gomes
                                                                         Mateus de Oliveira Alves
                                                                         Wesley Costa Faria
                                                                         Carlos Alberto Ynoguti

Introdução

A fala talvez seja a maneira mais natural e eficiente de trocar informações. O advento da telefonia per-
mitiu que pessoas distantes centenas ou milhares de quilômetros pudessem se comunicar através
dela. Mais recentemente, a telefonia móvel permitiu às pessoas transportarem este poder no bolso
de suas roupas.
Por outro lado, pessoas com deficiência auditiva ou com problemas de dicção ficam excluídos do
uso desta tecnologia. É uma parcela significativa da população, visto que, somente no Brasil, os
surdos representam quase 6 milhões de pessoas, segundo o censo de 2000 [1].
Nosso projeto recebeu o nome de “Conversor Voz-Texto para Telefone”, tendo como finalidade prin-
cipal atender a real demanda dessas pessoas, permitindo-lhes utilizar a comunicação via telefone.

O Projeto                              ma simplificada, o reconhecimento        Funcionamento
                                       de fala converte um sinal acústico (a
Antes de descrever o projeto, é im-    fala) em sua versão escrita, e a sínte-  O projeto funcionará da seguinte ma-
portante conhecer alguns fatos sobre   se faz o caminho inverso, converten-     neira: durante uma ligação telefônica,
os surdos: por não ouvirem, estas      do um texto escrito em um sinal de       uma pessoa fala em um telefone nor-
pessoas também possuem imensa          áudio [2].                               malmente e o computador da outra
dificuldade em falar, mesmo não ten-   A ideia básica da proposta é que o       pessoa recebe o áudio vindo do te-
do nenhum problema fisiológico ou      sistema de reconhecimento de fala        lefone fixo dela. O áudio é convertido
anatômico no aparelho fonador. Isto    transcreva o que o interlocutor está     para texto e exibido na tela do com-
acontece pela falta de realimentação   falando, de forma que o surdo, ao        putador através do Via Voice. Assim
acústica da fala. Desta forma, o sis-  invés de ouvir, leia. Por sua vez, ao    que a segunda pessoa ler a mensa-
tema não deve apenas mostrar ao        invés de falar, o surdo digitaria um     gem, ela digita a resposta no Falador,
surdo o que seu interlocutor está fa-  texto, e o sistema se encarregaria de    que a converte para voz, e esta por
lando; deve também prover uma for-     transformar este texto em voz.           sua vez é enviada para a pessoa que
ma de fazer com que a pessoa com       Para a tarefa de reconhecimento de       está do outro lado da linha.
quem o surdo está falando possa en-    fala, foi utilizado o software ViaVoice  O protótipo do sistema desenvolvido
tender o que ele quer dizer.           da IBM [3] (Figura 1), e a conversão     é mostrado na Figura 3.
Para realizar estas tarefas, usa-se    texto-fala foi realizada pelo Falador,
nesse projeto as técnicas de reco-     software de Tarcísio Carlos Xavier Sa-
nhecimento e síntese de fala. De for-  liba [4] (Figura 2).

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