Page 108 - INATEL - Revista Fetin 42ª - Final
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RaMaL
PROBLEMÁTICA/SOLUÇÃO
No segundo semestre de 2022, José Ilson Júnior, atleta de elite do Mountain Bike Nacional com diversas
premiações e que conseguiu superar a tetraplegia, ministrou uma palestra no Inatel, onde comentou que quan-
do estava hospitalizado, sem movimentos dos braços e pernas, gostaria de continuar a ler livros. Contudo,
dependia de uma pessoa para auxiliá-lo a passar as páginas. Baseado nisso, identificou-se a necessidade de um
sistema que fornecesse autonomia, qualidade de vida e lazer ao paciente, assim como permitisse a comunicação
entre as partes para envio de mensagens e alertas quando o cuidador estivesse utilizando este tempo para outras
atividades e não estivesse presente. O público-alvo são pessoas em situação de tetraplegia (>C4).
PROJETO
A solução será um sistema web objetivo e acessível, onde o usuário poderá se cadastrar gratuitamente para
criar um perfil e, em seguida, acessar as principais funcionalidades da aplicação, como upload na nuvem e
leitura de arquivos no formato PDF. Todas as funções do sistema, incluindo a passagem de páginas dos docu-
mentos, serão acionadas através de comandos de voz, utilizando palavras-chave simples e curtas. Ressalta-se
que essas palavras serão definidas como um caractere dentre as letras do alfabeto e números de 0 a 9. Além
disso, cada usuário poderá associar sua conta aos perfis das pessoas que os ajudam para se comunicarem
através do Telegram. Portanto, essas pessoas também precisarão criar suas contas no sistema e na rede so-
cial para ser habilitado o chat entre as partes, onde a comunicação será através de mensagens automáticas e
também ativadas por reconhecimento de voz.
VALIDAÇÃO DA IDEIA
O Professor Filipe Bueno citou que a proposta é muito relevante e que “a solução foca em um perfil específico de
indivíduo, com funções bem delimitadas: isso é positivo”. O Professor Renzo P. Mesquita ressaltou que “Ferramen-
tas de software que possam ajudar pessoas com algum tipo de restrição física ainda são raros. Os que existem,
muitas vezes são pagos e de difícil acesso”. Por fim, a Dra. Miqueline Pivoto (Fisioterapia em Neurologia) destacou
que o projeto “pode possibilitar aumento da autonomia e ganho de função de uma atividade de entretenimento
e comunicação para um paciente com tetraplegia”, assim como, “pode abranger também todas as pessoas que
apresentam alguma limitação de força muscular, coordenação motora e déficit de sensibilidade dos membros su-
periores”.
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