Page 108 - INATEL - Revista Fetin 43ª-completa (2)
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Senior Guardian
Segurança na Terceira Idade
PROBLEMÁTICA/SOLUÇÃO
As quedas em idosos são um problema comum e perigoso, muitas vezes causadas por fraqueza muscular, perda de equilíbrio,
uso de medicamentos, e fatores ambientais como pisos escorregadios ou escadas sem corrimão. Esses acidentes podem
resultar em fraturas, perda de autonomia e até situações fatais. O Senior Guardian surge como uma solução tecnológica para
enfrentar esse desafio crescente, especialmente com o envelhecimento da população. O dispositivo é capaz de detectar
quedas automaticamente, enviando alertas imediatos para familiares ou serviços de saúde, reduzindo o tempo de resposta
e minimizando as consequências das quedas. Idosos que vivem sozinhos ou têm mobilidade reduzida são especialmente
beneficiados, já que o monitoramento contínuo proporciona mais segurança e tranquilidade para eles e seus cuidadores.
Garantir essa proteção é uma prioridade urgente no cuidado à terceira idade.
FUNCIONAMENTO DO PROJETO
O projeto opera da seguinte forma: a placa NodeMCU processa, em tempo real, os dados captados pelos sensores
acelerômetro e giroscópio, do módulo MPU6050. Através do código implementado, realiza-se a análise desses valores
para identificar se eles se desviam dos padrões de segurança preestabelecidos. Caso isso ocorra, uma queda será
identificada. A partir disso, um alerta sonoro é acionado por meio de um buzzer, alertando as pessoas presentes no mesmo
ambiente do usuário sobre o acidente. Além disso, a placa é conectada à rede Wi-Fi local, possibilitando a integração com
o aplicativo Telegram. Essa conexão possibilita o envio automático de mensagens para um grupo específico dos familiares
ou responsáveis do idoso, informando que ocorreu uma queda. Logo, com esses métodos é assegurado que o idoso seja
socorrido de forma rápida e eficaz, quando ele se encontra nessas situações de risco.
METODOLOGIA E VALIDAÇÃO DA IDEIA
A fim de identificar quedas, foram realizados testes para visualizar e selecionar os dados providos pelo acelerômetro e pelo
giroscópio. Após uma análise com diferentes condições para o envio de alertas, constatou-se que o acelerômetro seria
capaz de identificar a mudança de orientação torácica com maior assertividade. Isso se deve à inferência de que a aceleração
da gravidade aferida pelo sensor seria transferida entre seus diferentes eixos. Além disso, para evitar falsos positivos, o
posicionamento do dispositivo no corpo também foi analisado. Percebeu-se que a afixação do dispositivo no tórax causaria
grandes variações devido a movimentos diários, enquanto seu o uso no quadril diminuiria tais efeitos, uma vez que a maioria
das atividades não causam uma rotação proeminente do quadril. Parte das soluções disponíveis no mercado consiste em
pulseiras providas de um botão, de modo que o idoso deveria pressioná-lo para enviar um alerta à família. Entretanto, devido
ao possível estado de inconsciência após a queda, essa solução não é eficiente. Ademais, opções de detecção automática
têm valor elevado, de modo que se torna inacessível para a população de baixa renda.
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