Page 30 - INATEL - Revista Fetin 44ª-completa
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PROJETO VENCEDOR
1º Lugar • Nível 4
Prêmio de Viabilidade de Mercado
Prêmio Inatel Startups
CampoSeguro
ORIGEM DO PROJETO
O problema foi extraído da demanda real do agronegócio, que sofre com enormes prejuízos devido a roubos de máquinas,
gado e sacas.
PROBLEMÁTICA
O agronegócio brasileiro sofre perdas anuais bilionárias com furtos de maquinário, gado e insumos. Este cenário de
insegurança é agravado pela falta de visibilidade e controle de ativos em grandes áreas rurais, muitas sem cobertura de
telefonia móvel. O principal afetado é o pequeno e médio produtor rural (a vasta maioria no Brasil), que carece de soluções
tecnológicas acessíveis e robustas. Atualmente, eles dependem de vigilância física limitada ou de sistemas de rastreamento
caros e complexos, inadequados à sua realidade. O problema central é a ausência de uma ferramenta unificada para
monitoramento em tempo real e alertas inteligentes a um custo viável, o que gera ineficiência operacional e constante
insegurança.
MATERIAIS E MÉTODOS
A aplicação foi desenvolvida em React com TypeScript, usando a plataforma Valeiot para backend e comunicação HTTP.
O sistema é agnóstico ao hardware, exigindo apenas um middleware que traduza a comunicação do dispositivo (ex: GPS,
LoRaWAN) para o padrão esperado (HTTP). O diferencial é a flexibilidade com dois modelos: “Solução Móvel” (assinatura
4G/GPS) para veículos e “Cobertura Total” (rede privada LoRaWAN) para áreas de sombra. O protótipo funcional foi
apresentado publicamente, servindo como método de validação. Durante a apresentação, um produtor rural demonstrou
interesse imediato na solução, confirmando a necessidade de uma ferramenta acessível e flexível. O feedback geral validou
a arquitetura tecnológica e a alta demanda pela integração.
PROJETO E SOLUÇÃO
O CampoSeguro é uma plataforma de rastreamento e gestão de ativos. Seu núcleo é o monitoramento, com três páginas:
Mapas, Dispositivos e Ocorrências. O funcionamento segue um fluxo lógico: na tela “Dispositivos”, o usuário cadastra um
ativo com seu DNID (idêntico ao da Valeiot) e o associa a um “grupo”. Na tela “Mapas”, ele cria cercas virtuais (geofencing)
desenhando-as na tela e atribuindo-as também a “grupos”, definindo nome, cor e coordenadas. A chave é a associação:
se um dispositivo sair da cerca de seu grupo, uma ocorrência é gerada. A tela “Ocorrências” centraliza alertas (ativos/
resolvidos), detalhando ativo, última localização e horário. É planejado que o projeto contenha uma gestão completa, com
controle de insumos e agendamento de manutenção, entre outras funcionalidades.
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