editorial
Expediente
COLABORADORES
Fernanda Guelber
Luciano Ferraz
Leonardo Rezeck
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Marcelo de
Oliveira Marques
Prof. Carlos Nazareth Motta
Marins
Prof. José Geraldo de Souza
Ana Maria PedrozoViana
Mirella Silva da Silva
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Claudia Porto
Mtb 30136
PROJETO GRÁFICO
Take Five Propaganda LTDA.
TIRAGEM
6300 exemplares
Instituto Nacional de
Telecomunicações
Avenida João de Camargo, 510
Santa Rita do Sapucaí - MG
Tel: (35) 3471 9200
www.inatel.br
O Inatel talvez represente uma das ex-
periências mais bem sucedidas quanto à
formação de recursos humanos para o de-
senvolvimento de uma nação. Criado no ano
de 1965, para atender à consolidação do sis-
tema brasileiro de telecomunicações, desde
aquela época, o Inatel oferece ao nosso país
profissionais altamente qualificados e capa-
citados para atender aos desafios que lhes
são impostos.
Na última década, a percepção institucional sobre o papel reservado ao
Inatel nos levou a abertura de quatro novos cursos de graduação. O curso de
Engenharia da Computação, com seus novos engenheiros já bem posicio-
nados no mercado das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), e o
curso de Engenharia Biomédica, lançado em 2010 e destacando-se como um
dos mais modernos cursos de nosso país, atestam o acerto de nossa institui-
ção em oferecer novas contribuições à sociedade.
Para atender ao mercado regional, que passa a tomar um grande impulso
com o crescimento econômico que o Brasil experimenta, traduzido no forta-
lecimento da região sul-mineira como um polo industrial, os cursos de Tec-
nologia em Redes de Computadores e Automação e Controle já começam
a fornecer à nossa indústria os primeiros estagiários que, muito em breve,
serão parte indispensável do crescimento das empresas instaladas por aqui.
Comuma visão de futuro, e semesquecer a sua vocação principal, o Inatel
solicitou aoMinistério da Educação a autorização para dois novos cursos - En-
genharia Eletrônica e Engenharia de Controle e Automação. Além disso, um
novo curso já foi autorizado - deTecnologia emGestão deTelecomunicações.
Esses novos cursos, sintonizados com as demandas de nossa sociedade,
somados aos demais já existentes, consolidarão o posicionamento do Inatel
como uma das principais e melhores instituições de ensino brasileira no seg-
mento das tecnologias. Esse lugar, reservado na história de nosso país graças
aos esforços demuitos colaboradores do Inatel e ao excelente posicionamen-
to de nossos ex-alunos no mercado de trabalho, renovam, em cada um de
nós, a energia necessária para levarmos à frente novos projetos e buscarmos,
das mais diversas formas, o crescimento de nossa sociedade.
A missão de formar
profissionais para o
mercado
A engenharia e a nova
Política Industrial
Marina Pereira Pires de Oliveira
-
Analista de Projetos da Agência Brasileira
de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
A
segunda metade da década de 2000 mudou o padrão da economia
brasileira. Os ganhos em termos de escala e a inclusão de grande parte
da população no mercado de consumo, entretanto, tornaram gritante
a persistência de problemas estruturais, tais como a deficiência na for-
mação de recursos humanos, em especial na área das Engenharias.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), criada em 2004,
tem comomissão principal a promoção da política industrial. Emuma economia
mundial na qual o conhecimento é o fator que mais agrega valor a um bem ou
serviço, os recursos humanos tornam-se o diferencial estratégico na busca pelo
aumento da competitividade de nossa indústria.
Nesse cenário, a formação dos profissionais de Engenharia é particularmente
importante. Durante o período de execução da Política de Desenvolvimento
Produtivo, entre 2008 e 2010, a partir de informações das empresas foi possível
perceber a fragilidade do país nesse campo. Pouco antes do estouro da crise
internacional em 2008 havia uma reclamação generalizada sobre a falta de en-
genheiros qualificados disponíveis nomercado de trabalho.O reaquecimento da
economia em 2010, aliado aos investimentos necessários para a Copa de 2014 e
para asOlimpíadas de 2016, bem como para a exploração do petróleo do pré-sal,
vieram aumentar a pressão sobre a oferta de engenheiros no Brasil.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vem se debruçando desde
2010 sobre a questão. Segundo informações da publicação do Ipea Radar, núme-
ro 12, demarço último, o desequilíbrio entre a oferta de engenheiros e a demanda
projetada nos próximos anos é mais crítica para os setores de extração mineral,
construção e infraestrutura, na qual está incluída a área de telecomunicações.
A ABDI tem apoiado o Ministério da Educação e a Coordenação de Aperfei-
çoamento em Nível Superior na elaboração de um programa para o aumento
do número de engenheiros formados anualmente no país, num prazo de cinco
anos. As medidas previstas têm como foco a redução da evasão, que chega a ser
superior a 70% dos ingressantes para o conjunto das Engenharias.
Outro objetivo é integrar as universidades no esforço de aperfeiçoamento
do aprendizado de Ciências e Matemática no ensino médio. A Confederação
Nacional da Indústria (CNI) participa ativamente do processo de elaboração
desse programa, articulado com a nova política industrial, que tem como um de
seus eixos sistêmicos a melhoria da formação de recursos humanos em todos
os níveis.
A partir de umportfólio de iniciativas integradas nas áreas industrial, de edu-
cação e de ciência e tecnologia, espera-se equacionar no médio prazo não só o
desequilíbrio quantitativo entre oferta e demanda por engenheiros, mas também
melhorar substancialmente a qualidade dos profissionais formados, em estreita
parceria com o setor privado.
Envie comentários e sugestões para a próxima edição no email jornal@inatel.br
Marcelo de Oliveira Marques
Diretor do Inatel
Informativo da Assessoria de Comunicação e Marketing do Inatel - junho de 2011