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educação
FUTUROS PROFESSORES EM AÇÃO
S
e a história comum ao longo
dos 47 anos do Inatel se re-
petir, os futuros professores
da instituição já estão em
sala de aula, mas como monitores. A
monitoria foi a porta de entrada de
boa parte dos docentes do Inatel e,
desde o ano passado, os alunos que
desempenham esta função partici-
pam de um programa de capacita-
ção. “Esse programa veio capacitá-
-los a transmitir cada vez melhor o
conteúdo em sala de aula. Muitos
podem seguir o nosso exemplo.
Começamos na monitoria e temos
hoje uma vida inteira dedicada à ins-
tituição”, explica o professor Pedro
Sérgio Monti, que coordena, desde
2011, a reestruturação da monitoria.
O programa inclui curso de capa-
citação didático pedagógica, comu-
nicação e inteligência emocional e
desenvolvimento pessoal, totalizan-
do 36 horas de atividades que traba-
lham a capacidade dos monitores de
estar à frente de uma sala de aula e
se comunicar com os alunos. O moni-
tor Matheus Seda, responsável pela
disciplina de Circuitos 1, afirma que
os cursos foram importantes para
entender toda a preparação que exi-
ge uma aula. “Com a monitoria você
aprende muito além de como lecio-
nar, só na monitoria percebemos
como é ser um docente, e, vendo
isso, pensamos se é correto o modo
Atualmente, 61 alunos são monitores e recebem capacitação
que agimos como aluno”.
Ainda estão previstos para este
ano cursos de capacitação técnica
de instrumentação, ferramentas
computacionais e simulação (Matlab/
Simulink), com duração de 20 horas
cada.
O programa de monitoria tam-
bém foi reestruturado com a reava-
liação do regulamento e a extensão
para monitores da Avaliação do De-
sempenho Docente em Disciplina.
Eles são avaliados pelos alunos e
também pelo professor orientador.
Esses resultados vão ao encontro
dos objetivos do programa, de in-
tensificar a mútua cooperação entre
alunos e professores nas atividades
de ensino, pesquisa e extensão e des-
pertar no estudante de graduação o
gosto pela carreira de magistério e
pesquisa. O monitor Rogério Dias
Silveira aprovou as mudanças e dis-
se que ficou mais motivado para se
dedicar à pesquisa e melhorar cada
vez mais. “A responsabilidade que
nos foi mostrada é maior do que a
gente poderia imaginar, abriu a nos-
sa visão para trabalharmos melhor
com o aluno”, afirma o estudante do
5º período de Engenharia Elétrica que
vê a docência como um dos caminhos
profissionais.
Com a palavra...
professor Navantino
“Quando iniciei o segundo ano
do curso de Engenharia de Ope-
ração em Telecomunicações, fui
convidado a ser monitor, função
que para nós alunos, se revestia
de características todas especiais:
a escolha direta feita por um pro-
fessor e a confiança por ele em
nós depositada, já que estaríamos
atuando como seu representante
naquelas tarefas para as quais fos-
semos designados, nos enchiam
de orgulho e, acima de tudo, a
monitoria nos oferecia uma opor-
tunidade única de nos aperfeiço-
armos mais e descobrirmos que
caminho trilhar dentro do amplo
setor das telecomunicações. Foi a
monitoria que me ajudou, de for-
ma decisiva, a descobrir onde es-
tava este caminho com o qual eu
mais me identificava: comutação
telefônica.
Ainda, foi como monitor no
Inatel que vi também despertar
em mim a paixão pela docência,
algo por mim jamais imaginado,
paixão que até hoje cultivo. Con-
vidado a permanecer na facul-
dade após a conclusão do curso,
o que mais uma vez me encheu
de orgulho, olho hoje para trás e
vejo uma vida profissional inteira
construída graças a esta institui-
ção de ensino que, acima de tudo,
me ajudou a construir grandes
amizades e a participar, ainda que
modestamente, da construção do
futuro profissional de milhares de
jovens.”
A tradicional Feira Tecnológica do
Inatel – Fetin – só ocorre em outubro,
mas os alunos já estão envolvidos
com os projetos que serão apresen-
tados. Neste primeiro semestre, 117
projetos estão inscritos e os estu-
dantes participam de várias ativi-
dades como minicursos técnicos e
palestras.
Uma das novidades dos prepara-
tivos para a Fetin é que os projetos
terão que se basear em um guia cha-
mado PMBOK (Project Management
Body of Knowledge), que reúne as
Alunos iniciam preparação para a Fetin com novidades
melhores práticas profissionais em
gerenciamento de projetos do mer-
cado. Durante o desenvolvimento do
trabalho, os alunos terão que entre-
gar formulários segmentados que
especificam as características que
o produto deve ter e solucionam os
possíveis problemas enfrentados
durante o processo de confecção.
De acordo com o coordenador da
Fetin, professor Bruno de Oliveira
Monteiro, o objetivo é melhorar, ao
máximo, a qualidade dos projetos
que serão apresentados na Feira.
“Nessa primeira fase o aluno começa
a delimitar o projeto e a entender
melhor qual vai ser o objetivo do tra-
balho. Com isso, a equipe controla
melhor a dimensão da ideia e dos
desafios que vão enfrentar.”
Monitor Matheus Seda (ao centro),
na aula de Circuitos
Alunos durante palestra especialista do ICC Fabrício Coronado
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