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O MUNDO NA PALMA DAS MÃOS
A
famosa frase de Steve Jobs que foi
símbolo de comerciais do Iphone 3G,
there´s an app for that” ou “existe
um aplicativo para isso”, faz cada vez
mais sentido e começa a se modificar para “existe
um aplicativo para tudo”. Atualmente, o celular
perdeu a característica inicial de funcionar ape-
nas como um telefone e se torna uma poderosa
central multimídia. Um smartphone atual tem
mais poder de computação do que a Apollo 11,
quando o homem pisou na lua, e graças aos apli-
cativos – softwares variados desenvolvidos para
os dispositivos móveis, é possível realizar tarefas
incríveis, bizarras, engraçadas e, principalmente,
funcionais.
Conferir se sua alimentação está saudável, en-
contrar quais casas estão à venda em determina-
da rua, pesquisar a localização exata do celular
em caso de perda ou roubo e até mesmo imitar os
sons de um escritório para cochilar durante o tra-
balho sem que o chefe fique sabendo. Estas são
apenas as funções de alguns dos milhares aplica-
tivos disponíveis para plataformas Android, iOS,
Windows Phone e BlackBerry.
Com tanta praticidade para executar as tarefas
do dia a dia por meio dos aplicativos, os celulares
e tablets se tornam cada vez mais íntimos e indis-
pensáveis para a maioria das pessoas. Um levan-
tamento recente realizado pela revista Time em
parceria comQualcomm entrevistou 5000 pesso-
as em oito países, inclusive no Brasil, e mostrou
que uma em cada quatro pessoas verifica o celular
a cada 30 minutos, e um em cada cinco indivíduos
checa o aparelho a cada 10 minutos.
A pesquisa mostrou também que 1/3 dos en-
trevistados fica ansioso sem seus celulares, mes-
mo em períodos curtos de tempo. Além disso, o
dobro das pessoas entrevistadas preferia ficar
sem almoço a ficar sem celular durante o dia. A
grande maioria dos pesquisados entre 25 e 29
anos admitiu dormir com seus telefones próxi-
mos.
O futuro
No futuro, todos os eletrodomésticos e eletro-
eletrônicos da casa serão interligados também
por meio de aplicativos e poderão ser controlados
pelo smartphone. A IFA, maior evento de tecnolo-
gia da Europa que ocorreu em Berlim, Alemanha,
no mês de setembro, trouxe alguns exemplos de
como será esta interação. A casa inteligente da
Panasonic, por exemplo, usa a tecnologia NFC
(
Near Field Communication, algo como comu-
nicação por aproximação) para transferir confi-
gurações pré-ajustadas do smartphone para o
microondas, máquina de lavar, geladeira, TV, etc.
Outro conceito de casa do futuro foi apresen-
tado pela Samsung. Neste caso, por meio de um
dispositivo chamado Gateway, é possível geren-
ciar vários eletrodomésticos com o aplicativo
Samsung Hems. A aplicação permite que o usu-
ário controle a máquina de lavar, a geladeira, o
ar condicionado, as lâmpadas das casas e, assim,
acompanhar os gastos com energia elétrica.
A empresa BluMonkey, incubada no Inatel, inves-
te no desenvolvimento de aplicativos e softwares
para dispositivos móveis. De acordo com o diretor
de desenvolvimento da empresa, o engenheiro Lu-
cileno Pereira Lima, os dispositivos e as aplicações
para os smartphones irão evoluir cada vez mais.
O ideal será quando o celular tiver conectividade
com tudo. Falta pouco para as pessoas precisarem
apenas do smartphone, que vai se transformar em
um verdadeiro assistente pessoal”, diz.
Música, engenharia e Queijo com Goiabada
Foi a música que trouxe Ângelo
Camargo para o Inatel. O aluno
do 1º período de Engenharia de
Telecomunicações conheceu o
Instituto em março do ano passa-
do durante a apresentação da banda
Queijo com Goiabada, da qual é o
contrabaixista. “Fiquei encantado,
pesquisei, pedi indicação, conversei
com quem se formou no Inatel e de-
cidi que iria estudar aqui”.
Esta não é a primeira faculdade
de Ângelo. Ele é barachel emmúsi-
ca pela Unicamp. “Fazer música era
meu sonho, comecei o aprendiza-
do aos seis anos e não parei mais”.
Formou-se em 2010 e o ano passa-
do foi dedicado à carreira musical.
É integrante das bandas Queijo com
Goiabada, Cantos Quatro, além da
Big Band e da Orquestra Sinfônica de
Pouso Alegre. Também está à frente
do projeto da Lira Nossa Senhora das
Dores da cidade de Gonçalves/MG,
que ensina música para crianças de
7
a 12 anos.
Mas por que fazer um curso de
Engenharia? “Porque sempre fui
apaixonado por matemática. É de
família, meu pai e minha irmã são
matemáticos”, se diverte o estudante
e músico que chegou a cursar um
semestre de Ciências da Computa-
ção na USP, antes de entrar para a
Universidade de Campinas. Agora,
Ângelo diz que a prioridade é a nova
faculdade, a música é encarada como
lazer. “Eu sabia que ia gostar, mas
não imaginava que seria tanto. Gosto
de todas as matérias e no Inatel a
gente coloca a mão na massa mes-
mo, tem prática desde o início”.
Nas apresentações, Ângelo divide
o palco com o funcionário do Inatel
Fontes consultadas:
Inatel | time.com | UOLTecnologia
André de Freitas. Assim como o
novo aluno, André gosta de música
desde pequeno e aprendeu prati-
camente sozinho a tocar bateria
e percussão geral. “Fiz algumas
aulas particulares, mas a maior
parte eu aprendi de ouvido, pela
intuição mesmo”, diz o colabora-
dor do Inatel.
Quem quiser curtir os talentos
de Ângelo e André pode conferir
a
apresentação do grupo Queijo
com Goiabada no dia 10 de no-
vembro, às 20h, noTeatro Inatel.
O show, que reunirá músicas de
Elis Regina, faz parte do progra-
ma “Nossos Talentos” do Inatel
Cultural. Os ingressos custam R$
10,00
e a renda será revertida para
o Asilo de Santa Rita do Sapucaí.
André de Freitas e Ângelo Camargo