POR ONDE ANDA
mercado
Tão longe, tão perto...os empreendedores de Goiânia
Quase mil quilômetros separam Goiânia de San-
ta Rita do Sapucaí. Mas três engenheiros precisa-
ram fazer este trajeto para se encontrarem e, assim,
se tornarem sócios de uma empresa na área de te-
lecomunicações, a Scalar – com sede na capital de
Goiás. Licínio Barbosa Júnior, Alexandre da Silva e
Renato Felipe se conheceram por causa do Inatel.
Licínio se formou em janeiro de 1995, mas desde
a adolescência já desenvolvia o lado empreendedor
o primeiro negócio foi aos 14 anos; na faculdade
criou um amplificador para som automotivo, apre-
sentado na Fetin. Além de ter garantido o segundo
lugar na competição, o projeto cresceu e virou em-
presa na Incubadora do Inatel.
Voltando para Goiânia, Licínio decidiu abrir a
própria empresa prestadora de serviços na área de
telecom. O próximo a entrar para a Scalar foi Ale-
xandre, que se formou em 1994. “Na minha gradu-
ação eu não tinha despertado para o empreende-
dorismo, mas logo no início da vida profissional fui
cada dia sendo encaminhado para este lado”, re-
lembra Alexandre. O último a entrar para a empre-
sa foi Renato. Ele se formou em 1993, passou pelo
CPqD, Promon, Claro até se tornar sócio da Scalar.
A empresa atuou em várias áreas: projetos, ins-
talação de equipamentos de Rádio Frequência e Mi-
croondas, manutenção, outsourcing, até chegar ao
foco atual: a implantação de redes de fibras ópticas.
Entre os clientes, empresas de renome como a Cla-
ro, TIM, Telebrás, Vivo, Embratel, Alcatel, Ericsson,
entre outras.
Alexandre, Licínio e Renato são unânimes em
falar da importância da formação que receberam
no Inatel e das oportunidades que os alunos têm à
disposição para o desenvolvimento pessoal e pro-
fissional, seja através dos estágios, das atividades
complementares, da participação na Fetin e de es-
tar com contato com novas tecnologias, devido às
grandes parcerias que o Instituto tem com empre-
sas do mercado. “O Inatel, sem dúvida, é a melhor
escola de Telecomunicações do Brasil, não só pelo
ensino de altíssimo nível, mas também pela filosofia
de ensinar a pensar e não só fazer contas, além da
fortíssima rede de contatos”, afirma Licínio.
Uma dica para quem ainda está na faculdade e
quer se destacar? A resposta de Renato é atenção:
Deixar prevalecer os princípios e as boas amizades,
pois o mais importante são os laços de relaciona-
mentos construídos” A história de sucesso dos três
engenheiros goianos prova esse princípio.
Um engenheiro elétrico na automação industrial
E
m 2012, o engenheiro Mário Ivo Avelino
de Souza comemora 30 anos de forma-
do. Para celebrar a data, o engenheiro
promoveu um encontro da turma dele
no dia 7 de setembro no campus do Inatel. Má-
rio, que atualmente vive em Salvador, na Bahia,
se formou em Engenharia Elétrica em 1982 e,
um ano depois, teve contato comSDCD, um dis-
positivo de automação, ainda novo nesta época,
e começou a se interessar por esse segmento.
Enxerguei ali uma oportunidade de crescimen-
to, em algo bem próximo à minha área e que me
interessou”, diz.
Ao perceber que a área automação industrial
seria um bom caminho profissional, em 1990 o
engenheiro criou a própria empresa focada nes-
te setor, a Autocon. Em paralelo, trabalhou em
diversas empresas de automação, instrumenta-
ção e controle em empresas de Minas Gerais e
São Paulo.
Atualmente é engenheiro de planejamento
e coordenador de projetos de automação na
empresa SymConsultoria, em Salvador. No ano
passado, Mário Ivo empreendeu mais uma vez
e criou outra empresa, a NovaVelit, destinada a
trazer soluções inovadoras em projetos, princi-
palmente de automação.
O ex-aluno afirma que a automação industrial
possui ummercado em franco desenvolvimento
no país. “Com os projetos em andamento de no-
vas refinarias, o Complexo Petroquímico do Rio
de Janeiro (COMPERJ), Copa do Mundo, Olimpí-
adas, obras de infraestrutura e outras, o campo
para engenheiros de automação e controle está
em franco crescimento e tem grande demanda
por profissionais qualificados”, enfatiza.
Pai de duas filhas, Mário Ivo comenta que a
família é a base de tudo na vida. Base que, para
ele, teve essencial importância na escolha pro-
fissional, influenciada diretamente pela profis-
são do pai. “Meu pai é engenheiro químico e eu
sempre tive brinquedos que estimulavam esse
lado de criar e construir como o jogo ‘Enge-
nheiro Eletrônico’, por exemplo, que permitia
montar circuitos de rádio, alarme eletrônico,
detector de luz, dentre outros dispositivos.”
Aos 54 anos, o engenheiro que construiu uma
carreira promissora, comenta que o país ain-
da carece muito de tecnologia e a engenharia
vai ter grande responsabilidade no desenvol-
vimento do Brasil. “Só posso elogiar e incenti-
var que o Inatel continue a crescer e a preparar
cada vez mais engenheiros para o nosso mer-
cado”, finaliza.
Alexandre Silva, Renato Felipe e Licínio Barbosa Jr
Turma de ex-alunos em encontro realizado no campus
Mário Ivo Avelino