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Revista Fetin 2016
HEMOBIO
Uma máquina de hemodiálise custa em média 20 a 30 mil reais para um modelo comum.
E pelo fato de serem importadas, o custo de manutenção é bastante elevado, pois elas
dependem de peças e partes que precisam vir de outros países. Por se tratar de um equi-
pamento muito caro, existe uma pequena quantidade de máquinas de hemodiálise dispo-
níveis, quantidade insuficiente para atender a demanda de pacientes no Brasil. A solução
seria desenvolver uma máquina de hemodiálise com baixo custo para que possa ser mais
acessível e de tamanho reduzido.
Pensando no paciente, a solução é tornar o tratamento menos desconfortável, com a
ajuda de uma cadeira com sensores de temperatura que possam ser regulados, já que o
paciente na maioria das vezes sente muito frio durante o tratamento, e com massageado-
res, pois o processo de 4 horas pode acabar causando dores e desconfortos. E junto com
isso, disponibilizar opções para o entretenimento do paciente durante o processo.
PROJETO
O projeto consiste no desenvolvimento do protótipo de uma máquina de
hemodiálise e seus componentes básicos necessários para o funcionamen-
to e filtragem do sangue do paciente. Foi usado uma bomba sanguínea
para bombear o sangue, sensores de pressão para controle da pressão do
paciente, pois a pressão arterial deve ser a mesma que a pressão venosa, e um
detector de bolhas para evitar problemas de saúde, visto que a presença de
bolhas no sangue pode causar diversos problemas e levar o paciente a óbito.
Foi usado um micro controlador para a fazer comunicação entre todos os com-
ponentes a fim de obter o perfeito funcionamento da máquina. E por fim foi usa-
do uma chave que bloqueia o sistema caso seja detectado algum problema no
circuito extracorpóreo.
FUNCIONAMENTO
Foram desenvolvidos a princípio os componentes necessários
para o circuito extracorpóreo da máquina. Para controlar a bom-
ba sanguínea foi usado uma plataforma Arduino. A parte interna
da bomba foi usinada com um material chamado Poliacetal, que
possui elevada resistência a agentes químicos e a parte externa
foi impressa em uma impressora 3D. O sensor de pressão e o
sensor de bolhas de ar também foram conectados a plataforma.
As informações como pressão arterial e venosa do paciente são
enviadas para um dispositivo que monitora se a pressão venosa
é a mesma que a pressão arterial. O detector de bolhas foi feito
utilizando dois LEDS Infravermelho (emissor e receptor), as infor-
mações também são enviadas para um dispositivo, que irá verifi-
car se existe presença de bolhas no sangue ou não. E por fim, foi
usado uma chave para bloquear o sistema, caso exista a presença
de algum problema que irá afetar o paciente.
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