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72 JANE,
VIRTUAL ASSISTENCE
A partir da década de 1950 a ideia de automatizar processos e facilitar a vida das pessoas começou a tomar for-
ma. Em vista desta evolução tecnológica várias tendências foram surgindo, dentre elas a computação pessoal.
Com a evolução computacional e a dos microcontroladores, na década de 1990, torna-se possível a criação
de projetos que utilizam a tecnologia IoT que, segundo o portal de notícias estadunidense, Business Insider
avaliou-se que até 2020, cerca de 34 bilhões de dispositivos já estarão conectados à IoT. Com o uso deste
recurso, criou-se Jane, Virtual Assistance.
PROJETO
Para a criação de Jane foi implementado a tecnolo- como ligá-los quando quiser. Um alerta será enviado
gia IoT onde utilizou-se, para realizar a comunicação ao usuário caso alguma coisa não estiver fora dos
entre o device e host, o Firebase. Os testes de Jane padrões desejáveis de funcionamento.
foram realizados em um protótipo simulando uma
casa, feita em MDF. Neste protótipo foi utilizado os
seguintes sensores: temperatura, luminosidade, umi- RESULTADOS
dade conectados a um sistema embarcado que envia
as informações para nuvem através do Firebaseban- Em vista de que todo novo condomínio ou casas mo-
co de dados citado anteriormente - e uma aplicação dernas baseia-se em melhorar ou tornar mais agra-
mobile para gerenciamento a longa distância. O con- dável o ambiente para seus clientes, nada melhor
trole da casa é feito de duas formas independentes: que fornecer mais uma facilidade baseada em IoT,
via aplicação mobile - o usuário final tem em seu que auxilia de forma prática no conforto residencial
smartphone comandos de ligar e desligar para as se- assim como “Jane Virtual Assistance” pode oferecer.
guintes funções: luzes, alarme, portão e ventilador- e Seu uso possibilita uma maior segurança ao imóvel
controle por voz que possui o mesmo funcionamento, do usuário, uma vez que o mesmo poderá monito-
porém com a ausência de aplicativos. rar a distância ou controlá-lo em tempo real. Solução
simples, eficiente e de baixo custo para aqueles que
FUNCIONAMENTO desejam seus lares mais protegidos e automatizado.
A prototipagem e testes foram feitos em modelo me-
nor e constatou-se que o projeto é fácil de implantar
Jane terá duas partes constituintes e o Firebase que e rápido de acostumar.
será o responsável pelo intermédio das mesmas,
com a função de ser o servidor de armazenamento,
e terá a nomenclatura de nuvem no projeto. O Fi- CURIOSIDADES
rebase contribui para o funcionamento do hardware,
composto por: Raspberry Pi 3, sensores de lumino- Jane foi baseada em alguns dos princípios da indús-
sidade, temperatura, umidade, voz dentre outros que tria 4.0 como a capacidade de operação em tempo
poderão ser integrados via plug and play. Em um pri- real e a virtualização - que consiste na rastreabilidade
meiro momento, a Raspberry é a responsável por e monitoramento remoto de todos os processos por
fazer a leitura destes sensores, controla-los via co- meio dos inúmeros sensores espalhados ao longo
mando de voz, processar as informações coletadas e da planta. Com base nos princípios acima, a indús-
enviá-las para o servidor na nuvem. A aplicação mo- tria 4.0 é uma realidade que se torna possível devido
bile híbrida fará a comunicação com a nuvem, citada aos avanços tecnológicos da última década, aliados
anteriormente, e mostrar essas informações para o às tecnologias em desenvolvimento nos campos de
usuário em tempo real e o usuário ainda terá o poder tecnologia da informação e engenharia, dentre elas o
de desligar o sistema, determinados sensores assim IoT (Internet Of Things), tecnologia utilizada em Jane.
Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel