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Equipamento sensorial para
identificar corpos estranhos
PROBLEMÁTICA/SOLUÇÃO
Um problema significativo surge quando pequenos materiais, como vidro, metal ou madeira, permanecem no corpo
de pacientes após procedimentos cirúrgicos. Essa situação causa incômodos físicos, como dores e infecções, e gera
complicações legais para os hospitais, que podem ser processados por negligência. Durante o Workshop de Ideação,
identificamos três personas principais: pacientes que sofreram acidentes e necessitaram de atendimento, médicos
cirurgiões que removem materiais estranhos e gestores de hospitais preocupados com a qualidade do atendimento. O
problema é crítico em ambientes urbanos, onde a frequência de acidentes é alta e o fluxo de pacientes é intenso. Essa
situação se agrava em áreas com menos recursos, onde o acesso a tecnologias para verificação pós-operatória é limitado.
Este projeto busca mitigar esses riscos, garantindo que todos os destroços sejam detectados e removidos, promovendo
segurança e confiança na assistência médica.
FUNCIONAMENTO DO PROJETO
O projeto utiliza um microcontrolador, um sensor capacitivo, um botão e um display para a detecção de materiais estranhos
no corpo humano. Ao pressionar o botão, o sensor capacitivo inicia a captação dos valores de capacitância, que são
influenciados pela interação entre a pele do paciente e o material subjacente. Essa medição é crucial, pois diferentes
materiais, como vidro, metal ou madeira, apresentam variações distintas na capacitância. Uma vez processados, os valores
são enviados ao microcontrolador, que os compara com um banco de dados previamente configurado, feito a partir de testes
com diferentes materiais. Se um corpo estranho for detectado, o display fornece feedback visual imediato, informando ao
usuário sobre a presença do objeto e a natureza do material encontrado. Essa abordagem não apenas melhora a segurança
durante procedimentos médicos, mas também potencializa a eficiência na detecção e remoção de objetos indesejados,
promovendo uma assistência médica mais confiável.
METODOLOGIA E VALIDAÇÃO DA IDEIA
O projeto utiliza um microcontrolador, um sensor capacitivo, um botão, um display OLED e um filtro para aprimorar a detecção.
A programação foi realizada em C para a configuração do microcontrolador. Destaca-se por oferecer uma solução inovadora
para a detecção de corpos estranhos em ambientes hospitalares, superando limitações de equipamentos tradicionais,
como ultrassom, raio-X e tomografia, que exigem a alocação do paciente e a preparação de salas específicas. Para validar
a ideia, consultamos três profissionais: uma gestora comercial de equipamentos médicos, que confirmou a viabilidade de
mercado para o protótipo; um médico cirurgião, que sugeriu aplicações em verificações pré e pós-operatórias em contextos
não emergenciais; e uma professora especialista em sensores, que contribuiu com insights técnicos sobre a detecção de
materiais. As respostas indicaram um forte potencial de implementação do projeto na área hospitalar.
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