Page 84 - INATEL - Revista Fetin 43ª-completa (2)
P. 84
MyoJump
PROBLEMÁTICA/SOLUÇÃO
O projeto aborda o desafio da baixa adesão dos pacientes a tratamentos de pré-habilitação cirúrgica e reabilitação
neuromuscular, essenciais para melhorar sua capacidade funcional antes de cirurgias e reduzir riscos. Em particular,
pacientes idosos, com doenças crônicas ou debilitados enfrentam dificuldades com esses tratamentos, que exigem uma
rotina de exercícios repetitiva e cansativa, desestimulando o engajamento. A pré-habilitação é crucial para preparar esses
pacientes, minimizando as complicações e acelerando a recuperação. No entanto, o caráter monótono dos exercícios é um
obstáculo, especialmente para jovens e crianças, que acham difícil se manter motivados. Essa resistência compromete os
resultados, afetando a eficácia dos tratamentos. Diante disso, é necessário encontrar abordagens que atraiam e motivem os
pacientes, facilitando sua participação e, assim, aumentando as chances de uma recuperação bem-sucedida.
FUNCIONAMENTO DO PROJETO
O MyoJump funciona por meio de contrações musculares captadas por um sensor de eletromiografia (EMG). Primeiro, o
sistema calibra o sinal EMG para definir o nível de força necessário. Em seguida, o paciente inicia o jogo, onde cada contração
muscular é convertida em um comando para o avatar, uma capivara que salta obstáculos na tela, funcionando como se
pressionasse a tecla “espaço”. Os requisitos para uso incluem eletrodos, um circuito de EMG e um computador com o jogo.
Durante o jogo, o paciente pode ajustar o número de saltos para concluir a fase e a velocidade dos obstáculos. O sistema
oferece feedback visual e sonoro: ao colidir, a tela pisca em vermelho e emite um som. No final, o MyoJump gera um relatório
em texto e gráficos, detalhando o desempenho do paciente para monitoramento da reabilitação.
METODOLOGIA E VALIDAÇÃO DA IDEIA
O projeto utilizou uma combinação de hardware e software para criar o MyoJump, um jogo baseado em eletromiografia
(EMG) que capta sinais elétricos dos músculos para interação com o avatar. No hardware, foi desenvolvido um circuito EMG
com amplificadores e uma placa de circuito impresso conectada a um Arduino, que calibra e processa os sinais musculares
captados. No software, o jogo foi construído na plataforma Unity, oferecendo uma interface ajustável onde profissionais
podem definir a intensidade e dificuldade do jogo e monitorar a evolução do paciente por meio de relatórios. A metodologia
de desenvolvimento utilizada foi o Kanban, um método flexível e visual que possui cartões com as tarefas de cada integrante
do projeto, para isso, utilizamos a plataforma Trello. A validação clínica foi realizada por um professor da UNIFAA, que relatou
dificuldades na adesão de pacientes idosos, reforçando a importância do projeto para engajá-los.
84 Instituto Nacional de Telecomunicações - Inatel