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INOVAÇÃO CONSTANTE
O isolamento distanciou os pesquisadores, mas não fez parar as pesquisas e projetos em
desenvolvimento no Inatel. As equipes dos laboratórios de P&D e alunos de graduação,
mestrado e doutorado mantiveram as pesquisas e os resultados já começaram a florescer.
A equipe do Laboratório WOCA (Wireless and Optical
Convergent Access), iniciou testes de transmissão de
dados por meio de luz com velocidades de até 20 Gbps.
Os testes visam as futuras redes de sexta geração (6G),
previstas para 2030, e utiliza o Sistema de Comunicação por
Luz Visível – VLC (do inglês, Visible Light Communication)
que já é uma realidade no mercado, mas com imenso
potencial de expansão.
A grande vantagem é que a transmissão
por luz não exige licenciamento de
órgãos reguladores e as pesquisas
mostram que o sistema funciona Leia a
bem com diferentes padrões de matéria
telecomunicações. Há poucos produtos
com essa tecnologia atualmente, mas a
previsão é que esse mercado alcance
até 75 bilhões de dólares até 2023.
A grande novidade deste ano na área de P&D é o início dos
estudos em 6G. Depois de liderar as pesquisas em 5G
no Brasil, a instituição dá agora continuidade ao trabalho
iniciado em 2015, com a criação do Centro de Referência em
Radiocomunicações – CRR. O Projeto Brasil 6G é apoiado pelo
Governo Federal e já estabeleceu uma parceria de peso, com a
Universidade de Oulu na Finlândia, que lidera as pesquisas em
6G no mundo.
Além das altas taxas de transmissão de
dados e voz, que vai atender à crescente
demanda dos usuários nesse novo mundo
mais digitalizado do que nunca, o 6G vai
permitir replicar o mundo físico no ambiente Leia a
digital. Essa rede vai possibilitar que os matéria
serviços de realidade virtual e aumentada
realmente aconteçam e viabilizar avanços
na medicina, transporte e indústria.
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