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Revista Fetin 2015
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de Mal de Parkinson
Introdução Projeto
O Mal de Parkinson é uma doença cada vez mais comum, porém, O aparelho consiste em dois lasers, que trabalham de forma alterna-
cada vez menos compreendida. Não há cura conhecida para o da, indicando o local da próxima passada ao usuário. Tal alternância
Parkinson e suas causas ainda geram dúvidas entre os médicos. O seu entre as projeções dos lasers é possível pelo fato do sistema utilizar
tratamento é focado em controlar os sintomas, para que o paciente 2 sensores para indicar o processo de caminhada do ser humano.
possa ter uma melhora na qualidade de vida. Sintomas esses que Os sensores estão posicionados um sob cada pé e são indicadores
incluem dificuldade em manipular objetos com precisão, dificul- de pisada: eles indicam se este pé está em contato com o solo.
dades em iniciar movimentos e dificuldade em andar[1]. Pensando As informações destes dois sensores permitem ao microcontrolador
nisso, desenvolveu-se um sistema que auxilia o paciente a caminhar. compreender como o usuário está posicionado no meio e auxilia a
Aumentando sua independência para se deslocar e a qualidade caminhada.
de vida como um todo.
Figura 1- Infográfico
Funcionamento
O usuário deve inicialmente ligar o dispositivo, momento em que será
ouvida uma frase motivadora, a qual indica que o dispositivo está
pronto para ser utilizado. Tudo que o usuário precisa fazer é dar o pri-
meiro passo! Ou seja, após o primeiro passo realizado sem o auxílio
do dispositivo, a próxima pegada será indicada ao usuário, através de
um sinal luminoso, no formato de um pé humano (daí a inspiração
para o nome do aparelho).
Caso o usuário pare de caminhar durante a seção, o sistema também
enviará frases de motivação, que auxiliarão ainda mais a resposta
cerebral a terapia.
O sistema atua sobre o cérebro. Pelo Mal de Parkinson ser
uma doença que atinge o sistema neurológico, ele afeta as áreas
de controle de movimentos. É como se a informação de um dado
movimento, que sai do cérebro e vai para uma mão ou perna, por
exemplo, chegasse distorcida ou incompleta no seu destino final.
Isso causa os movimentos involuntários e a dificuldade na coorde-
nação motora. Ao emitir um auxilio visual para o cérebro, o estímulo
para aquela ação é aumentado, pois ele começa a ser emitido por
mais áreas do cérebro, no caso a área visual do córtex auxilia na parte
motora, pois ambas estão planejando a mesma ação. Sendo assim,
o potencial de ação chega até a área alvo (os membros, novamente
como exemplo), com maior precisão, pois diferentes áreas do cére-
bro estão dando o mesmo estímulo.
108 Feira Tecnológica do Inatel