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Ficha pré-emergencial
PROBLEMÁTICA/SOLUÇÃO
Os serviços de atendimento pré-hospitalar (APH) enfrentam desafios para garantir cuidados adequados e rápidos aos
pacientes. Um dos maiores obstáculos é a demora na comunicação de informações críticas entre socorristas e hospitais,
situação agravada pelo fato de que, em emergências, cada segundo é vital e atrasos podem ser fatais. Para resolver isso,
desenvolvemos um aplicativo de ficha médica para uso dos socorristas, que permite o preenchimento dos dados do paciente
durante o trajeto ao hospital. Assim, a equipe médica recebe as informações em tempo real, agilizando o atendimento.
O aplicativo cria uma ponte digital que melhora o fluxo do APH por meio do preenchimento em tempo real, transmissão
imediata, redução de erros e centralização dos dados.
FUNCIONAMENTO DO PROJETO
Para garantir que o aplicativo atendesse às necessidades dos socorristas e fosse funcional em situações de alta pressão,
adotamos tecnologias que permitiram um desenvolvimento ágil e eficiente. A prototipagem foi feita no Figma, ferramenta
amplamente usada para criar protótipos de baixa fidelidade. Essa etapa definiu o fluxo de navegação, disposição das
informações e elementos interativos, facilitando testes de usabilidade e iterações com base no feedback de usuários e
especialistas em APH. O Flutter Flow foi utilizado para desenvolver o APK, permitindo a criação de apps multiplataforma
(Android e iOS) com uma única base de código. A metodologia ágil garantiu flexibilidade e adaptação contínua ao feedback
dos usuários. O desenvolvimento visual agilizou o processo e facilitou a integração com o Firebase, usado para envio de
dados em tempo real. Testes internos validaram o funcionamento das principais funcionalidades.
METODOLOGIA E VALIDAÇÃO DA IDEIA
O processo inicia-se quando o socorrista atende o paciente e, por meio de um dispositivo móvel na ambulância, acessa o
aplicativo para preencher uma ficha médica digital. São inseridos dados como: faixa etária, gênero, tipo sanguíneo, alergias,
sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca) e observações sobre ferimentos. Essas informações preliminares auxiliam
a equipe médica a antecipar protocolos de atendimento, especialmente em casos críticos. Os dados são enviados em
tempo real para o sistema hospitalar via Firebase, por uma conexão segura. No hospital, a equipe acessa essas informações
por meio de uma interface que classifica os pacientes por status: enviados, em andamento, etc. Recursos adicionais como
gravação de voz agilizam relatos detalhados, e o monitoramento por GPS permite ao hospital estimar com precisão o tempo
de chegada da ambulância.
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