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Revista Fetin 2015

B3D

Introdução                                                          Projeto

A dificuldade da percepção humana tridimensional, a partir de       O princípio de funcionamento de impressoras 3D é igual com
desenhos e projetos feitos em plataformas computacionais, leva      o das impressoras comuns. Porém, estas criam objetos tridimen-
muitas vezes a erros que acarretam elevado custo com retraba-       sionais a partir do posicionamento adequado de bicos de injeção de
lhos. Por outro lado, a possibilidade de realizar a reprodução      polímeros especiais. O trabalho é baseado em projeto open-source
desses desenhos em tamanho real agregará muito ao processo cri-     [1], criado a partir de processo artesanal, modificado e melhorado
ativo de novos produtos, ideias e pesquisas. Com base nisso, a fim  para reproduzir objetos com elevado nível de detalhamento, ótima
de colaborar na idealização de projetos mecânicos e concepções      resolução e a partir da utilização de uma grande gama de materiais
físicas, surge a B3D, uma impressora capaz de reproduzir objetos    (ABS[2], PLA[3], PET[4], fillseries), possuindo também baixo custo de
em três dimensões (3D). Sua aplicação vai desde a confecção de      fabricação. Com isso, o equipamento desenvolvido reproduz peças
pequenas peças para fins de engenharia de precisão, até a criação   com qualidade industrial, diferentes propriedades físicas, químicas
de órteses, próteses e exoesqueletos na área médica.                e mecânicas, com volumes que podem alcançar até 4400 cm³.

Funcionamento

Primeiramente, deve-se analisar a necessidade de criação do objeto, além de definir sua aplicação, incluindo suas características. Após isso, é
realizada a digitalização deste objeto, que consiste em transformar uma ideia ou uma peça física em um arquivo digital computacional, que pode
ser realizado de duas maneiras: modelagem 3D ou escaneamento 3D. A partir desses processos, obtém-se um arquivo em formato .STL ou .OBJ,
compatíveis com a impressora 3D. Em seguida é realizado o fatiamento do objeto em um software chamado CURA [5], com o propósito de trans-
formar o objeto 3D digital em uma cadeia de comandos numéricos computadorizados[6] com formato .gcode. Finalmente, a impressão 3D pode
ser realizada, sendo que o firmware do equipamento realiza a leitura do .gcode, transformando os comandos em movimento para os motores
que movem o bico de injeção. O equipamento derrete o insumo plástico e o libera de forma precisa, realizando o depósito camada a camada.
Após impresso, há a possibilidade de realizar um tratamento, tanto de alisamento quanto de pintura. E, finalmente, a peça estará pronta para ser
usada. A resistência e durabilidade da peça impressa está diretamente associada à matéria prima utilizada para a impressão.

28 Feira Tecnológica do Inatel
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