O Inatel integra o recém-lançado projeto Conectividade 5G e EDGE Computing para Transformação Digital na Indústria 4.0 (EDGE5G), juntamente com outros dois centros de pesquisa, três grandes empresas do setor de telecomunicações e duas startups para a busca de aplicação de 5G em larga escala no chão de fábrica.
Além do Inatel na área de Comunicações Digitais, a pesquisa será desenvolvida em uma aliança entre CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), Unidade Embrapii para comunicações avançadas; do Polo de Inovação do IFPB (Instituto Federal da Paraíba), Unidade Embrapii credenciada na área de sistemas para manufaturas, as empresas do setor de tecnologia da informação, Cisco, Prysmian e a MPT Condutores, além das startups Taggen e Data Machina.
Os parceiros trabalharão no desenvolvimento de software, hardware e componentes de conectividade para construção de uma plataforma em que serão validadas as aplicações industriais. “Este projeto reúne competências das Unidades Embrapii, empresas e startups e tem o objetivo de trazer ganhos de produtividade para as indústrias, nas mais variadas aplicações, com a implementação de conceitos da Indústria 4.0 também nas empresas de médio e pequeno porte. A expertise destes diversos atores, seja no âmbito técnico e/ou mercadológico, e a Embrapii como a facilitadora do projeto, proporcionará inovação e maior competitividade para a indústria nacional”, afirma o gerente de Negócios do Inatel, Sandro Azevedo.
O projeto será desenvolvido no modelo Basic Funding Alliance (BFA), uma das ferramentas da Embrapii de fomento à pesquisa experimental, com investimento previsto de R$ 9 milhões da Embrapii e R$ 900 mil dos parceiros que compõem a aliança. O contrato foi firmado no dia 18 de janeiro e os trabalhos serão desenvolvidos até janeiro de 2026.
“As novas tecnologias possibilitam mais eficiência no processo produtivo. Com esse projeto, avançamos na compreensão sobre o impacto da conectividade 5G integrada às tecnologias avançadas. Os resultados servirão não apenas à indústria, mas a vida das pessoas em geral”, destaca Igor Nazareth, presidente interino da Embrapii.
A pesquisa vai criar aplicações suportadas pelo 5G, que serão testadas em uma rede privativa real, como um testbed de demonstração de Indústria 4.0. Os resultados do projeto abrangem desenvolvimentos em Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), inteligência artificial (IA), computação de borda, realidade aumentada e segurança de dados destinados a trazer ganhos de produtividade para a indústria, em diversas aplicações.
O projeto pretende potencializar a conectividade industrial com aplicação em tempo real, sensoriamento e coleta de dados industriais, a partir da integração entre as tecnologias de comunicação, incluindo 5G e computação de borda, entre outras. A expectativa é que as futuras descobertas possam ser aplicadas em diversas áreas que envolvem produção intensiva com equipamentos automatizados, como as indústrias da aviação, cosméticos e agropecuária.
Além disso, a criação da plataforma e das aplicações relacionadas vai aumentar o conhecimento sobre as tecnologias da Indústria 4.0 e mecanismos de validação, melhorar os resultados de eficiência e segurança de processos industriais e ainda garantir mais produtividade com redução de custos, estoques e acidentes nas empresas.