Clareza nas ideias e energia para crescer

Com Fernando Costa

Energia é um tema tão polêmico que a ficção científica vive falando que será o motivo das próximas guerras e, quiçá, do apocalipse. Não sabemos se os robôs vão dominar a Terra e nos transformar em baterias, mas sabemos de uma coisa: energia não pode faltar! E nos dias atuais, com tecnologia brotando do chão e caindo do céu, seria impossível imaginar um mundo desenergizado. Claro que os alunos do Inatel já sabiam disso há muito tempo e alguns resolveram se embrenhar no mercado de energia alternativa, como Fernando Costa.

O ex-aluno, formado na turma de 2003 de Engenharia Elétrica, conta que já ouvia falar do Inatel quando menino e era seu sonho estar naquele ambiente. Quando foi para faculdade, o Inatel entrou “no sangue e nas veias”. Fernando, hoje, empresário de sucesso do Sul de Minas, integra um mercado bilionário com previsões ainda mais audaciosas para os próximos anos. Segundo a ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, a geração de energia solar cresceu 58% em 2020, o setor se beneficiou da queda de 90% do preço dos equipamentos na última década.

E realmente, foi nessa década de ouro para o segmento fotovoltaico que o Engenheiro decidiu: eu vou empreender! Após sair da faculdade ele seguiu a carreira tradicional como empregado, oito anos depois bateu aquela vontade irresistível de ter a própria empresa e, em uma conversa com um colega também do Inatel, pronto, saiu um plano de negócio.

Fui extremamente bem recebido pela equipe da Incubadora, para quem pretende ser um empreendedor, aquele espaço te proporciona profissionalismo. Um colega tinha montado uma empresa após a faculdade, conversamos e ele apontou a oportunidade no cenário nacional em energia solar. Em 2010, ninguém falava disso e a gente estava lá garimpando aquelas pedrinhas, por isso, pioneirismo e o viés de inovação são pilares da Alba atualmente.

Mas nem tudo foram flores, o empresário relembra a desconfiança do mercado tanto na hora de abrir a empresa, quanto na hora de vender. “Muitos nos questionaram ‘cara, tem certeza que você quer entrar na Incubadora para mexer com energia solar?’” Fernando afirma que chegou a ser chamado de ladrão quando garantia que era possível gerar a própria energia e economizar na conta, tamanho era o desconhecimento do assunto na época.

Toda essa falta de clareza sobre seu serviço acabou motivando e criando o nome da Alba Energia Solar – Alba, sinônimo de alvo, de clareza e transparência. “Nós tínhamos por princípio tornar tudo mais claro para nossos clientes”. E, como era de se esperar, dez anos e algumas crises energéticas depois, o mercado deu uma virada surpreendente e nos dias atuais, o ex-aluno costuma receber clientes que dominam o assunto, foi necessário até mudar os argumentos de venda, outra mudança no perfil dos consumidores foi a entrada dos clientes corporativos, que antes eram escassos.

O empreendedor manda um recado saudoso para o Coordenador do Programa de Startups do Inatel, Rogério Abranches e outros professores do Inatel.

Me desculpe Rogério... Quantas vezes nós atrapalhamos o estacionamento da Incubadora para testar as placas solares, quantas vezes incomodei os professores pedindo para testar equipamentos nos laboratórios, tenho fotos deles com nossos equipamentos. Eu devo ser o culpado dos cabelos brancos do Prof. Rômulo. Mas a gente se divertia, achava tudo aquilo maravilhoso! As primeiras placas do Sul de Minas fomos nós que trouxemos lá para Incubadora.

Fernando ressalta com orgulho que o Inatel foi a grande escola da sua vida, que fazia todo sentido para ele estar naquele ambiente, no cenário nacional, estar com pessoas que se destacavam no mercado. Bom, hoje ele é uma dessas pessoas e sempre volta às raízes inatelinas para contar suas proezas como ex-aluno, para os jovens que estão começando.

Fernando Costa

Engenheiro Elétrico do Inatel

Turma de 2003