Minha filha vai ser Engenheira

Com Wania Konageski

Crescer ansiosa para conhecer a próxima central telefônica no estado do Paraná, sonhando não com o novo brinquedo, mas com um velho equipamento de telefonia para desmontar. Lá de Foz do Iguaçu saiu Wania Konageski, uma ex-aluna que, antes de escolher a engenharia, escolheu o Inatel. O curso veio depois...

Influenciada pela profissão do pai, que atuava na Telepar, estatal de telecomunicações do estado, e pelas conversas inspiradoras com profissionais da Usina de Itaipu, a profissional se empoderou da vontade de estudar no Inatel para deixar sua cidade e cruzar o país em busca da formação que tanto admirava, de profissionais com quem conviveu a vida toda.

Seus pais a apoiaram e sua mãe abraçou a empreitada com Wania, ambas chegaram em Santa Rita do Sapucaí onde não conheciam ninguém, para iniciar um curso pouco comum para as mulheres na época. “Nessa minha jornada de sair de Foz e vir para Minas, sou muito grata a todos os funcionários do Instituto. Desde a portaria até a diretoria, todos nos acolheram muito bem. Destaco minha mãe, que me ajudou muito durante meus anos de Inatel e é meu suporte até hoje, acho que ela viveu tanto a rotina da faculdade que merecia ter graduado junto”.

"Uma mulher apoiando uma mulher pra uma carreira não tão comum na época...

'Minha filha vai ser Engenheira' sempre foi e é o orgulho da minha mãe".

Não foi fácil para as duas, tanto a escolha da Engenharia, quanto a mudança para Minas Gerais foram muito criticadas, mas a ex-aluna conta que sua mãe se manteve até mais firme do que ela para levar adiante o propósito de se formar na Instituição. A engenheira lembra com carinho a força da mãe: ‘Ué, se você nunca viu engenheira mulher, então em breve vai ver, a minha filha!’

Hoje a Wania ocupa um cargo global na Logicalis, uma posição conquistada passo a passo, com muita dedicação e aprendizado em cada etapa. A profissional começou ainda como estagiária do suporte no CSA (Centro de Serviços Avançados), e em uma época de transição para integrar a América Latina, Wania assumiu a responsabilidade por nova ferramenta de monitoramento. O que a levou para países latino-americanos quando a chegou a expansão.

Sempre estava disposta a aprender novas tecnologias que pudessem contribuir para a Logicalis. Tudo o que era novo eu pedia para ser envolvida, após um tempo de suporte e trabalhando com a implantação na LATAM, comecei a me encantar principalmente por ferramentas de Monitoramento & Observabilidade e tudo que pudesse ajudar o dia a dia da operação. Comecei a me especializar em quase todos os fornecedores da Logicalis, por mais que minha especialização fosse necessária em apenas um fornecedor, por que não saber como funcionam os outros para comparar? Por conta disso, tenho várias certificações na área de Monitoramento & Observabilidade.

A trajetória de crescimento da nossa personagem estava só começando, e a equipe que era local brasileira conquistou o mundo e se tornou a divisão Global da Logicalis, no Digital Service Platform e digamos mais, “a primeira Global Platform Architect do grupo” é a Wania!

Como não deixar o orgulho tomar conta ao pensar naquela menina decidida a ser engenheira, que deixou o sul do país com o coração em uma mão, a mãe segurando na outra e um ideal na cabeça, é responsável por uma trilha de carreira que não existia em sua empresa. Sua incansável vontade de saber mais e ir além já a levou para todo o planeta. “Fico feliz por estar numa empresa como a Logicalis que sempre escutou o que eu queria ser”.

Como diferenciais para trilhar essa carreira brilhante, a profissional paranaense reforça que a formação no Inatel, para a vida, muito além da Engenharia, foi essencial; que a velha frase do professor Mario Augusto tornou-se seu lema pessoal: ‘para inovar precisamos quebrar os paradigmas, se não inovamos e nos acomodamos, certamente ficaremos para trás’. Por fim, a confiança na equipe, nos gestores, no tempo e momento certo para cada coisa ajudaram a construir as bases sólidas e abriram as portas para uma reputação irrefutável da engenheira no mercado.

E não daria para terminar esta história sem uma mensagem inspiradora para todos e principalmente para as jovens mulheres que ainda sonham com a formação do seu futuro:

"Hoje eu vejo mais mulheres entrando na área de TI; o mercado está muito melhor do que os anos anteriores. As mulheres vêm demonstrando interesse na área naturalmente e com isso os grupos estão ficando maiores dentro das empresas. Tive oportunidade de conhecer grandes inatelinas no mercado de trabalho; orgulho das veteranas que vieram antes de mim e começaram a abrir o caminho. A tecnologia está se popularizando e com isso as pessoas acabam eliminando os antigos paradigmas e preconceitos. Existe muito trabalho sim a ser feito, mas nada melhor que nós mulheres, através da nossa competência técnica e capacidade profissional mostrarmos o que podemos fazer. Temos que plantar para colher os resultados."

Wania Konageski

Engenheira de Telecomunicações do Inatel