O Inatel acaba de completar 56 anos de existência. Sua história é marcada pela excelência no ensino da Engenharia e pioneirismo nas ações de Pesquisa e Desenvolvimento. O que nem todo mundo sabe é que a instituição é responsável por alguns feitos que contribuíram significativamente para o desenvolvimento do setor tecnológico no país. Conheça alguns deles:
Trouxemos o sinal de TV para o sul de Minas
Se hoje o smartphone é um dos produtos mais comercializados no mundo, na década de 70 o aparato tecnológico mais consumido era a TV. E o Inatel teve participação efetiva na chegada do sinal da televisão no sul de Minas Gerais. Missão dada pelo então governador Antônio Aureliano Chaves Mendonça, que resultou na primeira grande parceria do Inatel como prestador de serviços. O grupo formado para o trabalho foi responsável por elaborar o projeto de retransmissão do sinal da capital para o sul do estado e também instalar todos os equipamentos necessários. Para construir as torres e instalar as antenas, os profissionais abriam caminhos na mata, dormiam na serra, desmontavam e aproveitavam peças de torres desativadas. Um trabalho técnico e desbravador!
Fizemos a pela 1ª transmissão de TV Digital do país
Isso mesmo. O Inatel, seus alunos, professores e especialistas participaram das pesquisas e desenvolvimento de sistemas de transmissão de TV Digital no início dos anos 2000. Um projeto grandioso que consolidou a imagem do Instituto como uma referência nacional e internacional.
Os pesquisadores estudaram os padrões existentes – americano, europeu e japonês – e apresentaram um modelo nacional, resultando na primeira transmissão aberta de TV Digital do Brasil com sistema desenvolvido e fabricado no país. A exibição das imagens no canal 25 UHF, liberado pela Anatel para os testes, foi realizada no dia 12 de janeiro de 2005 e marcou a história do Inatel. Os nossos pesquisadores também participaram do desenvolvimento do sistema nipo-brasileiro, o ISDBT-tb, escolhido pelo governo federal.
Desenvolvemos um microchip
Em 2008, o Inatel iniciou as pesquisas em Microeletrônica, por meio de um projeto destinado à disseminação da cultura da área, denominado ICC Design House, que contava com o apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG) e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES). Em 2015, o primeiro microchip desenvolvido no Inatel chegou ao mercado, graças a uma parceria com a empresa Sense. Ele foi incorporado aos sensores indutivos digitais utilizados para automatização de linhas de produção, produzidos pela empresa parceira.
O projeto foi o primeiro case da instituição na área de Semicondutores, abrindo caminho para outras inovações nas áreas de comunicação digital, redes de dados e sensores industriais.
Ajudamos no padrão 5G que o mundo irá usar
Dez anos depois do feito da TV Digital, outro ineditismo marca a história do Inatel. Pela primeira vez, pesquisadores brasileiros participam das principais discussões de definição do padrão da nova geração de comunicação móvel – 5G. Foram cerca de dois anos de pesquisas e desenvolvimentos realizados nos laboratórios do campus em Santa Rita do Sapucaí até que em 31 de agosto de 2017, em Brasília, o Inatel realizou a primeira transmissão 5G do Brasil com tecnologia nacional.
Os avanços continuam, com novas tecnologias, pesquisas e parcerias, inclusive para a futura rede 6G, prevista chegar a partir de 2030. Tudo com a participação de nossos pesquisadores, professores, alunos e ex-alunos.
Criamos um robô para Indústria
As contribuições tecnológicas do Inatel também partem de seus alunos. Em 2016, uma dupla de estudantes do curso de Engenharia de Controle e Automação desenvolveu um robô capaz de agilizar os trabalhos de um setor da empresa em que faziam estágio, a APTIV, em Paraisópolis. Sob supervisão do ex-aluno André Rebello, que também trabalhava na empresa, eles criaram um veículo elétrico programado, guiado por sensores ópticos, de locomoção autônoma, algo inédito no país.
A empresa apoiou a iniciativa da equipe e implementou a utilização do equipamento, que gerou ótimos resultados produtivos e financeiros. O feito se tornou um exemplo de sucesso da parceria academia-empresa, tão defendida pela instituição.
Desenvolvemos um Respirador Pulmonar de baixo custo
A união de esforços e conhecimentos entre alunos e professores resultou mais recentemente em outra inovação que pode contribuir com a sociedade nesse momento difícil, em que enfrentamos uma pandemia. A equipe do E-Health Innovation Center desenvolveu um sistema de ventilação mecânica, um dos equipamentos mais necessários para o atendimento a pacientes graves de Covid-19, controlado por plataforma eletrônica, de baixo custo e de fácil fabricação.
O equipamento utiliza componentes brasileiros ou de fabricação facilitada, como impressão 3D realizada no próprio laboratório da faculdade, e já foi apresentado para os Ministérios de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), da Economia e da Saúde.