A aluna do décimo período de engenharia biomédica, Rita Elizabeth Santos de Almeida, alcançou o primeiro lugar no Congresso Nacional de Iniciação Científica, CONIC-SEMESP 2023, com o artigo Mão Robótica Controlada por Eletromiografia. Considerado o maior congresso de iniciação científica brasileiro, o CONIC reuniu 1500 trabalhos de graduação de todo o país, com temas e áreas do conhecimento variadas tanto de instituições públicas como privadas. A pesquisa do Instituto foi reconhecida com nota máxima em todas as categorias na cerimônia de premiação, que aconteceu na Sede do Semesp em São Paulo, no dia 11 de novembro.
Além do artigo premiado, também foi inscrito o artigo Monitor Cardíaco Vestível, as duas pesquisas tiveram apoio e bolsas do Programa de Apoio à Iniciação Científica e Tecnológica – PIBIC, iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG. Entre as contrapartidas para o fomento, a agência mineira solicitava a submissão e publicação dos resultados das pesquisas em periódicos, motivo pelo qual a equipe do e-Health Inatel inscreveu os artigos no congresso.
Entre o desenvolvimento dos artigos e o comunicado de que o Inatel estava entre os finalistas, os prazos foram curtos e surpreendentes para pesquisadora e seus orientadores. “Após a submissão do artigo, passamos por uma comissão de avaliadores e depois tivemos uma etapa de apresentação online com banca no dia 07 de novembro, então recebemos a mensagem que éramos finalistas e se poderíamos participar presencialmente em São Paulo” conta a futura engenheira Rita Elizabeth. “Eu fiquei muito feliz, porque gosto da área de pesquisa, como estagiária acabo atuando um pouco em cada projeto e representar o e-Health em um congresso nacional me acrescenta muito, eu aprendo pesquisando, escrevendo, apresentando e até participando da premiação com pessoas tão distintas” acrescenta a estudante. A mão robótica é um dos principais projetos do centro de pesquisas em Engenharia Biomédica do Instituto, desde o início do desenvolvimento, a prótese de antebraço para amputações ou malformações de membros superiores tem avançado conforme novas tecnologias são descobertas. Como no artigo publicado, a aplicação de controle por eletromiografia foi especialmente pesquisada com a bolsa de incentivo da FAPEMIG, em que foram utilizados sensores de temperatura e pressão para tornar a usabilidade mais confortável ao paciente, além de permitir que o usuário controle os dedos independentemente por meio de um sistema de eletrôdos de superfície ou agulha para a captação da atividade elétrica do músculo.
Rita se orgulha ao relatar, "essa versão da mão contou com a integração de eletromiografia e um software para mensuração de membros, para que seja possível realizar a adaptação da prótese ao membro", sobre seu trabalho premiado. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, do Governo Federal, entre a população nacional que possui algum tipo de deficiência, 2,7% (5,5 milhões), apresentam nos membros superiores e o índice que já teve contato ou acesso à prótese biônica é muito baixo.
Para Luma Rissatti, coordenadora do e-Health Innovation Center, a palavra que define a participação do laboratório é transformação. “Assim como o tema do congresso: a pesquisa muda o mundo, quando orientamos os projetos sentimos esse impacto, em pesquisas que podem mudar ao menos a vida de uma pessoa que perdeu o membro, por isso ao nos pedirem para definirmos nossa participação, escolhemos a palavra transformação. Orientar os alunos é a minha vida, é muito gratificante ver a emoção deles e a cada orientação eu aprendo com eles” emociona-se Luma.
O diferencial do projeto apresentado por Rita e seus orientadores, o Prof. Filipe Bueno e o Coord. de Engenharia Biomédica, Fabiano Valias é justamente reduzir o custo da prótese com impressão 3D e materiais acessíveis para que uma parcela maior da população com deficiência nos membros superiores possa adquir a mão robótica e viver com mais qualidade de vida.