Um dos diferenciais do Inatel é o incentivo para que os alunos coloquem em prática seus projetos e pesquisas, por meio de atividades em sala de aula e extra-curriculares. Esse estímulo é fundamental para que os estudantes saibam, desde cedo, como é a atuação do engenheiro e possam se preparar para a realidade do mercado de trabalho.
No último domingo, a equipe de pesquisa do Laboratório WOCA realizou experimentos com aeromodelos e drones no campo de aviação de Santa Rita do Sapucaí para validação de uma nova tecnologia que está sendo utilizada para o desenvolvimento de radares. Os experimentos referem-se ao trabalho de Iniciação Científica do aluno do 8º período de Engenharia de Telecomunicações, Felipe Brito, que foca na utilização de radares UWB em aplicações como detecção e monitoramento de espaço aéreo, monitoramento de fronteiras e detecção de veículos.
“O objetivo deste trabalho é testar esta tecnologia para que possa ser usada em futuras pesquisas do laboratório. Iniciei a pesquisa no ano passado e o primeiro estudo foi focado na utilização dos radares UWB para a detecção de veículos. Usamos a placa dentro de um carro para ver se ela conseguia mapear sua localização e detectar os objetos ao seu redor. Já a segunda parte está sendo voltada para a área de monitoramento”, explica o aluno.
Segundo ele, os experimentos validaram a pesquisa, mostrando que é possível criar radares de detecção e monitoramento utilizando a tecnologia, que tem como principal diferencial uma maior sensibilidade para detectar objetos de menor porte, além de possuir um custo menor em relação a outras tecnologias existentes no mercado.
O professor orientador do trabalho, Arismar Cerqueira, que coordena o Laboratório WOCA, pontua que esses foram os primeiros experimentos com radares realizados pela instituição. Esse tipo de experiência é importante, pois estamos abrindo uma nova frente de pesquisa, baseada em uma demanda da indústria. “A maioria dos cursos de graduação e mestrado do país só possuem estudos teóricos nesta área, então, mais uma vez o Inatel está saindo na frente”, destaca.
Para Felipe, este trabalho foi uma etapa importante de sua trajetória acadêmica, pois com ele pode ter uma noção de como é o trabalho de um engenheiro, além de aplicar conceitos estudados na prática. O estudante também destaca a atuação dentro do laboratório como essencial em sua jornada. “No WOCA pude acompanhar trabalhos de mestrado, doutorado e tive uma outra visão da área de pesquisa, que não teria se tivesse fazendo os estudos fora deste ambiente”.
Também participaram dos testes o professor Daniel Andrade Nunes e o aluno de mestrado Regivan Nunes da Silva. Os alunos Tiago Henrique Brandão e Hugo Filgueiras desenvolveram as antenas para serem utilizadas no radar.