Equipe CubeSat Design elaborou satélite para auxiliar conectividade em áreas remotas
O projeto alcançou o primeiro lugar na categoria que reúne alunos de graduação, mestrado e doutorado. Com a vitória, a equipe ganhou a vaga para o lançamento do protótipo em um balão. O lançamento aconteceu no campus da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos (SP).
O projeto do satélite, realizado pelas alunas Arielli Ajudarte da Conceição, do curso de Engenharia de Telecomunicações, e Sthefany Farias Vilela, do curso de Engenharia Elétrica, e sob orientação do professor Evandro César Vilas Boas, desenvolveu um cubesat para auxiliar na conectividade por meio de Internet das Coisas (IoT) em áreas remotas. O cubesat é um tipo de satélite em miniatura utilizado para pesquisas especiais e telecomunicações.
Segundo o professor Evandro César Vilas Boas, a etapa regional foi o que definiu a participação da equipe no lançamento do satélite. "Os pequenos satélites foram expostos para visitação do público e também para avaliação de uma banca. Com os resultados dos testes e notas dos avaliadores, se definiram os três primeiros colocados de cada nível", explicou.
Arielli, participante da idealização do protótipo, conta que o projeto do cubesat, que ganhou o nome de Priceless Brains, teve início no início de 2021. "O desenvolvimento do cubesat foi desafiador, principalmente por conta dos requisitos da própria olimpíada. Tivemos que adaptar várias funcionalidades e nos esforçar muito para atingir todos os objetivos", aponta.
Ela comemorou a vitória e a oportunidade de lançar o satélite em órbita. "Conseguir finalmente ver o cubesat sendo lançado no balão foi uma experiência incrível. Ele conseguiu ser recuperado e nós avaliamos a missão como um sucesso. Foi um resultado de um trabalho duro não só nosso, mas do nosso orientador e de todos os outros membros do time de CubeSat Design", afirma.
A equipe AlphaSat, composta pelos alunos Diego Anestor Coutinho, do curso de Engenharia da Computação, e Pedro Lucas Siqueira Paulino, de Engenharia de Telecomunicações, ficaram no grupo das 10 melhores equipes de toda a olimpíada. O grupo apresentou um projeto desenvolvido para o mapeamento de radiação prejudicial em órbita baixa.
A quarta e última fase da Olimpíada Brasileira de Satélites acontecerá ano que vem, em data a ser confirmada pela organização. A olimpíada é realizada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e tem como objetivo promover a popularização e difusão da ciência e tecnologia junto aos estudantes do país.
