O coordenador da FETIN, professor Wanderson Saldanha, ressaltou que a essência da feira desde o início é criar projetos e soluções focadas no papel real do engenheiro na sociedade. “Não basta ser um bom engenheiro, é preciso ser um excelente ser humano para desempenhar esse papel de forma correta e justa, então é isso que a FETIN busca”, frisou.
Relembrando os velhos tempos
E para marcar a comemoração dos 40 anos de boas histórias da FETIN, foi realizado um Painel com os ex-coordenadores do evento, no qual eles puderam relembrar as glórias e os desafios ao longo da trajetória da feira.
O professor Carlos Roberto dos Santos, que foi coordenador da Fetin entre 1985 e 1990, lembrou das dificuldades enfrentadas nas primeiras edições. “Naquela época, a dificuldade para conseguir componentes eletrônicos exigiu que várias peças fossem buscadas pelos professores em São Paulo. Basicamente, nesses cinco anos, a Fetin era hardware. Então, dependia muito de componentes, dependia muito de equipamentos e o Inatel não tinha um suporte muito grande para suprir as necessidades dos alunos. Então, a gente fazia um trabalho com os alunos para eles definirem o que eles iriam precisar", conta.Durante a roda de conversa, o professor Wander Wilson Chaves, que coordenou a Fetin de 1991 a 2002, falou sobre as transições tecnológicas e do formato da feira ao longo dos anos em que foi o responsável pela realização do evento. A chegada da internet foi uma delas. "Foram momentos de uma evolução absurda. Hoje, essa evolução continua no ponto de vista da tecnologia mas, naquele momento, eu poderia resumir o seguinte: houve uma adesão muito forte dos alunos para esse projeto. Muito por conta da valorização dos professores. Num trabalho de equipe muito grande, envolvendo os professores, independente da disciplina, resolveram valorizar o trabalho dos alunos de alguma forma", disse.
Para o professor Mario Augusto de Souza Nunes, coordenador da Fetin em 2003, um dos grandes diferenciais do evento foi permitir que os estudantes pudessem desenvolver projetos com o apoio do Inatel. "O bacana da Fetin é que os alunos tinham que desenvolver, com muita criatividade e muita resiliência, seus projetos. E o Inatel sempre procurando ajudar. E uma das formas de ajudar foi o que chamamos na época de laboratório de alunos, que ficava disponibilizado 24 horas por dia. Ou seja, totalmente voltado para os alunos que quisessem trabalhar em seus projetos", disse. Ele destacou ainda como a feira foi fundamental para o surgimento de novas empresas, permitindo que os alunos pudessem empreender a partir das propostas apresentadas no evento . "Muitos projetos apresentados na Fetin, depois foram para a incubadora e se tornaram grandes empresas", conta.
O professor Bruno Monteiro, coordenador de 2004 a 2014, garantiu que a FETIN, com certeza, peremanece no coração de todos que passaram pela sua coordenação. “Participei como aluno, quando o professor Wander era coordenador e, logo em seguida, acabei assumindo a coordenação da feira. Era interessante que falamos muito de inovação e criatividade, mas uma palavra me marcou muito: Resiliência. Isso porque várias vezes, tanto como aluno, quanto coordenador, passei por momentos de pressão, em que tive que buscar a calma para encontrar uma solução para os diversos problemas que surgiam, e com isso, fazer esse grande evento acontecer ”, relembrou.
Participe você também!
A 40ª edição da FETIN vai até sexta-feira, 24 de setembro, com muitas atrações. Para conferir a programação completa e participar, inscreva-se em www.inatel.br/fetin.

