O Convênio de Cooperação entre Brasil e Coreia permitiu, ao longo dos últimos três anos, o intercâmbio de conhecimentos e experiências nas áreas de IoT e 5G entre pesquisadores do Inatel e da Agência Nacional da Sociedade de Informação da República da Coreia – NIA, bem como de empresas parceiras deste órgão. Apoiado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC) e pelo governo coreano, o convênio disponibilizou o montante de US$ 1 milhão para a instituição, que foram revertidos em investimentos em tecnologia.
Na última semana, o Inatel recebeu representantes da agência NIA e da KT Telecom, líder mundial em 5G, para um workshop e demonstrações de tecnologias de IoT voltadas para campus universitários. As atividades marcaram o encerramento do convênio e reuniram os especialistas do ICT Lab e Inatel IoT Research Group, além de estudantes e professores que atuam no CDG Hub.A grande atração foi um robô que utiliza tecnologias de inteligência artificial e reconhecimento de voz e que ficará na instituição para ser utilizado para atendimento a visitantes. O robô, desenvolvido pela KT Telecom, é um dos equipamentos adquiridos pelo Instituto por meio do convênio.
Além do robô, o Inatel também recebeu durante o período da parceria uma estação meteorológica, um drone de última geração, além de kits de desenvolvimento de soluções em IoT, inteligência artificial e reconhecimento de voz. Como parte do convênio, foi possível ainda a realização de visitas à Coreia para conhecer empresas, institutos de pesquisa e feiras do setor.Para o vice-diretor do Inatel, professor Guilherme Marcondes, responsável pelos trabalhos desenvolvidos por meio do convênio, o Inatel tem buscado, cada vez mais, ações de internacionalização, seja na área de serviços ou na área acadêmica, e essa aproximação com a Coreia já trouxe desdobramentos. “Tivemos a possibilidade de interagir e conhecer como as tecnologias 5G e IoT estão sendo utilizadas em um dos países mais avançados do mundo. Ver como isso acontece e como é possível levar essas tecnologias para o mercado nos leva para um outro patamar, além da pesquisa”.
Segundo a pesquisadora executiva da NIA, EunJung KIM, a Coreia quer distribuir o seu conhecimento e experiência no desenvolvimento de TICs com outros países. “Brasil e Coreia são países muito distantes, ficam em lados opostos no globo, então, não é nada fácil fazer esse tipo de intercâmbio. No entanto, demos um primeiro passo para o progresso da parceria. Foi uma boa chance para os dois países entenderem o setor de Tecnologia de cada um e trabalhar com a exportação de tecnologias”.