As áreas da Tecnologia e da Saúde já são importantes de maneiras independentes. Juntas, mostram-se essenciais e os engenheiros biomédicos ganham espaço nesse mercado. Um levantamento realizado nos Estados Unidos, por exemplo, aponta esta carreira como a mais promissora dentro das áreas de Engenharia e Tecnologia da Informação, com a perspectiva de crescimento de 27% na empregabilidade no país.
No Brasil, esta profissão é relativamente nova (se comparada a outras áreas da engenharia) mas também, extremamente promissora. O Inatel foi a sexta instituição de Ensino Superior a oferecer o curso no país e acabou de colocar no mercado a terceira turma de profissionais formados. O engenheiro biomédico formado no Inatel já conclui o curso com registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, que especifica as áreas de atuação do profissional, inclusive com a área clínica como uma das atribuições. Ele pode atuar no desenvolvimento, manutenção e montagem de equipamentos e programas para realização de diagnósticos e tratamentos realizados pelos profissionais da saúde, gerenciar a área de compras de equipamentos de uma clínica e hospital, além de desenvolver pesquisas científicas sobre materiais e instrumentos biomédicos.
Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica, em novembro de 2015, indicou que 31% dos engenheiros biomédicos entrevistados atuam na área de Engenharia Clínica. A engenheira formada no Inatel, Nathany Lopes, é coordenadora de Engenharia em uma empresa que presta serviço na área clínica e produtos para hospitais de todos os portes. Ela conta que sua rotina inclui coordenar a equipe técnica responsável pelos serviços de manutenção corretiva, preventiva e calibração dos equipamentos, elaborar estudos para aquisição de novas tecnologias, indicadores de qualidade, processos para Acreditação Hospitalar, ou seja, toda parte de gestão que a Engenharia Clínica exige em um hospital. "Temos contatos com todas as hierarquias existentes dentro de um hospital, pois há uma dependência entre os setores para um efetivo funcionamento, com qualidade e eficiência", afirma a engenheira. Além de Nathany, a empresa, com sede em Campinas, tem cinco estagiários alunos do Inatel.
Outro ex-aluno da primeira turma de Engenharia Biomédica do Inatel atua ao lado de médicos, dentro da sala de cirurgia. Hítalo Vasconcelos é engenheiro em uma multinacional que produz e comercializa o cateter mais usado em casos de arritmia cardíaca, tanto no diagnóstico como no procedimento de intervenção. "Eu interajo diretamente com o paciente, pois o software utilizado faz o mapeamento elétrico-anatômico do coração. A tecnologia é uma alternativa ao medicamento. O médico manipula o cateter enquanto o engenheiro biomédico assume o software. É uma interação muito importante e traz benefício para o paciente. Afinal, o ponto que causa a arritmia é cauterizado por radiofrequência", explica o engenheiro biomédico que sente-se realizado na profissão. "É um sonho aliar tecnologia e saúde em uma profissão tão promissora quanto a Engenharia Biomédica", conclui Hítalo.
Informações sobre o curso de Engenharia Biomédica e outros cursos oferecidos pelo Inatel, acesse o site inatel.br/vestibular. As inscrições para o Vestibular de Verão estão abertas.