FABLAB do Inatel produz cápsula protetora para pacientes com COVID-19

O FABLAB do Inatel produziu sete cápsulas protetoras para ventilação não invasiva que podem ser utilizadas em pacientes com COVID-19. Os equipamentos foram disponibilizados para o Hospital Municipal Antonio Moreira da Costa, em Santa Rita do Sapucaí. De acordo com o responsável pelo FABLAB do Inatel, Raphael Cardoso Pereira, a cápsula, que tem custo aproximado de R$ 200, é feita com estrutura de PVC e película translúcida, possui um filtro bactericida e um tipo de exaustor, feito com cooler de notebook para controle da temperatura. Além de Raphael, fazem parte da equipe do FABLAB os colaboradores Brendo Chagas e Flavio Miranda.

O equipamento foi criado por pesquisadores de Manaus, que deixaram o projeto aberto para que possa ser replicado em outras regiões do país. O primeiro modelo da cápsula foi custeado pelo Inatel e outras seis foram produzidas com o apoio da empresa Leucotron. “Quando tomamos conhecimento do projeto das cápsulas, que têm por objetivo evitar que aerossóis fiquem no ar, nos ambientes onde tenham pacientes internados com a Covid-19, com a aprovação do médico responsável técnico pelo hospital, fizemos contato com o Inatel. Como é de praxe, a nossa solicitação recebeu apoio imediato e as cápsulas já estão contribuindo para segurança dos profissionais que estão trabalhando com o intuito de salvar vidas, neste momento tão difícil”, afirma o diretor da Leucotron Marcos Vilela, que também é o atual administrador do hospital.

A cápsula cria uma proteção extra para o ambiente clínico, isolando o paciente não grave. Ainda não há estudos científicos sobre o equipamento, mas o conceito foi validado pela equipe técnica do hospital de Santa Rita do Sapucaí. “É um sistema simples que pode ser capaz de diminuir a necessidade de intubação precoce de pacientes com COVID-19. A cápsula viabiliza o monitoramento, a alimentação, a aplicação de remédios, além de reduzir o risco de contágio de profissionais de saúde porque ela impede a aerolização de partículas”, afirma o diretor técnico de hospital, o médico Renan Romano Rennó.