Da esquerda para a direita, o manager Gabriel, o coach Henrique e o jogador Igor, do Time Inatel E-sports
Estudantes de todo o país competem no Torneio Universitário de Esports - TUES, conhecido como o primeiro campeonato nacional de esportes eletrônicos voltado a universitários. Os jogadores disputam em etapas on-line e presenciais com premiações para os atletas finalistas. Neste ano, o torneio conta com quatro categorias: League of Legends (LOL), Clash Royale, CSGO e Raibow6 (Tom Clancy's Rainbow Six Siege), as finais das competições acontecerão durante a Game XP, em São Paulo, entre os dias 25 a 28 de julho.
O Inatel está na competição desde março entre os maiores do cenário brasileiro e, após passar pelas etapas estaduais e regionais, está disputando a fase nacional nas modalidades: Clash Royale, CSGO e Raibow6. Todas as fases do TUES até o momento foram on-line, com os players em disputas à distância. Em 2019, o Torneio inovou ao integrar o Rainbow6 no campeonato, o que atraiu um número ainda maior de inscritos, devido à legião de fãs do game no país.
O time completo do Inatel E-sports possui 47 atletas divididos em oito modalidades. Durante todo o ano as equipes participam de diversas competições com desempenhos de destaque, como no Brasil College League, Liga Estelar Universitária, Campeonato Brasileiros de Estudantes e Circuito de League of Legends.
Para alcançar o reconhecimento como um time já tradicional nas ligas estudantis, o Inatel seleciona estagiários para Gerente e Coaches da equipe. Eles ajudam na seleção, treinamento, organização e comunicação do Inatel E-sports. Essas atividades oferecem aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades como liderança, coordenação e relacionamento, muito valorizadas pelas empresas. Além da possibilidade de seguirem profissionalmente como e-atletas ou até desenvolvedores de jogos.
Henrique Barcia Lang, aluno 5° período de Engenharia da Computação, é Treinador do time de LOL e conta como é seu trabalho. “O coach analisa o jogo, verifica os erros e melhorias possíveis, além de selecionar os campeões do próprio time para jogar a partida. Os coaches não podem jogar, mas sim, auxiliar na estratégia”. Henrique afirma que sua visão é ganhar o máximo possível e deixar a marca Inatel famosa nos e-sports. “No campo da engenharia e tecnologias o nome já é conhecido no Brasil inteiro. Desejamos estar entre os melhores times do país e ganhar essa popularidade também no segmento de esportes eletrônicos”.
Segundo um dos jogadores da equipe de Rainbow6, Igor Romancini Marques, para alcançar boas colocações nos campeonatos a rotina dos e-atletas envolve muita persistência individual. “São três treinos semanais de pelo menos duas horas, além dos treinos em conjunto que são muito importantes. Por exemplo, no último processo seletivo, um calouro do primeiro período foi integrado ao time já com ranking alto no jogo, com estratégias e táticas que ainda não conhecíamos, então estamos estudando juntos os mapas dos jogos, as combinações dos operadores para surpreendermos o inimigo”, Igor é estudante de Engenharia de Controle e Automação.
Conciliar estudo de engenharia e treinos de games
O Gerente do Inatel E-sports, Gabriel Claret de Rezende, enfatiza que todos esses jogadores cursam engenharia, mas o time também demanda dedicação, porém o segredo está em realmente equilibrar a rotina de estudos com os treinos. Os jogadores usam algumas horas de intervalo entre aulas e leituras para jogar e assim aproveitam para relaxar um pouco. O equilíbrio entre o lazer e os estudos deve ser encontrado por cada jogador.
Gabriel aproveita para convidar, “os estudantes do Inatel interessados em fazer parte do time de e-sports devem ficar atentos à convocação realizada via redes sociais, os treinadores analisam os perfis dos inscritos individualmente, verificam os mais adequados para a equipe, promovem jogos amistosos entre titulares, substitutos e candidatos, conferem o desempenho de cada player durante as partidas e selecionam os melhores”.
#Ficaadica do Coach de LOL
Para que o jogador se mantenha saudável, é sempre importante nos tempos entre as partidas, levantar, se alongar, não esquecer de se hidratar, de deixar uma garrafa d’água por perto, além de se alimentar adequadamente e ficar atento à postura. “Tem muita gente que joga oito horas direto sem sequer levantar ou se exercitar, e isso prejudica bastante, esses minutinhos para alongar podem parecer bobeira agora, mas a longo prazo evitam muitos problemas, como lesões por esforços repetitivos entre outros”.
Os jogadores do Inatel contam com uma estrutura completa, com cadeiras profissionais, móveis ergonômicos e sala montada adequadamente para seus treinos e encontros. Henrique assegura que “ser parte de um time de e-sports pode não somente ser uma opção profissional como somar diferenciais para a carreira dos estudantes. Os profissionais dos esportes eletrônicos são grandes celebridades entre os jovens amantes dos games e inspiram as novas gerações a se dedicarem a esta atividade, que começou como entretenimento há poucas décadas.