Especialistas de todo o Brasil reúnem-se no Inatel para apresentar os últimos avanços sobre o 6G

A segunda edição do Workshop Brasil 6G realizou a primeira entrega de resultados do projeto e demonstrou as mais recentes pesquisas da sexta geração das comunicações móveis, evento apontou os passos para próxima etapa de estudos.

No dia 06 de fevereiro, foi realizado no campus do Inatel o 2° Workshop Brasil 6G, que reuniu especialistas de várias regiões do país para a apresentação e compartilhamento das pesquisas mais recentes sobre a sexta geração das comunicações móveis. Durante as dez sessões técnicas do evento, os pesquisadores discutiram inovações da tecnologia, que já está sendo chamada de Internet dos Sentidos. 

O workshop foi promovido pelo Projeto Brasil 6G, liderado pelo Inatel com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). A iniciativa faz parte das contrapartidas do Projeto, que tem o objetivo de definir os padrões das futuras redes. O Professor do Inatel, Luciano Leonel Mendes, enfatizou a relevância da data para o Brasil 6G, pois marcou a entrega da primeira etapa do Projeto. O professor reafirmou a importância do país antecipar as pesquisas tecnológicas para acompanhar os maiores players mundiais e estabelecer os requisitos que atendam às necessidades específicas nacionais.  

Entre os inúmeros temas de pesquisa apresentados constaram também Inteligência Artificial para 6G, Super Convergência em 6G, Aplicações Imersivas e Superfícies Inteligentes. Os resultados das pesquisas consolidam as expectativas iniciais do Brasil 6G, de um progresso além das telecomunicações propriamente, para uma conexão massiva entre tecnologias e a aguardada interação entre os mundos físico, virtual e biológico. A futura rede já prevê a conectividade ubíqua, ou seja, onipresente, de qualquer lugar, em qualquer dispositivo ou meio, que se expande e pode ser difundida. 

O ex-aluno do Inatel, Roberto Bomfin, atualmente pesquisador de pós-doutorado da New York University em Abu Dhabi, defendeu seus estudos de sensores para a integração com o 6G, pois haverá aplicações para os mais diversos setores, como carros autônomos, casas inteligentes, medicina, indústria e até home care, como o cuidado residencial de pessoas idosas. “O sensoriamento pode detectar desde sinais vitais, até se a pessoa caiu em casa, além de captar qualquer sinal ao redor de um automóvel como crianças e bicicletas para carros autônomos” destaca o ex-aluno.

A pesquisadora Ana Beatriz Mattos, Engenheira de Processamento de Sinal Digital na WIHEX, falou sobre a Fusão de Múltiplos Radares para Sistemas de Transferência de Energia Seguros. Segundo a palestrante, com a chegada do 6G haverá dificuldade de alimentação de equipamentos de forma cabeada, este é o objeto de seu estudo: garantir a segurança ao carregar dispositivos com Wireless Energy Transfer, tecnologia que desenvolve a transferência de energia sem fio.

Em sua sessão técnica, o Prof. Antônio Marcos Alberti, Coordenador do ICT Lab Inatel, explicou sobre softwarização e confirmou que na rede 6G tudo poderá ser virtualizado, para a união dos mundos físico e digital. Além disso, tudo o que não puder ser virtualizado, como um drone ou um radar, que operam fisicamente em um dispositivo, serão representados por seus gêmeos digitais para funcionarem em software de forma virtual.

De acordo com o Prof. Aldebaro Klautau, da Universidade Federal do Pará (UFPA), as pesquisas realizadas até o momento no Brasil 6G determinam desde já um progresso muito superior ao alcançado com a quinta geração. “Na minha visão, o Projeto Brasil 6G está muito bem posicionado, como um divisor de águas, em todas essas novas situações que diferenciam o 5G e o 6G.” O professor evidenciou os resultados sobre Inteligência Artificial para 6G, Co-Simulações para Gêmeos Digitais.

“O projeto Brasil 6G é estratégico tanto nos impactos para o país, como para o mundo. Temos muitos desafios no Projeto, mas temos todas as capacidades necessárias para superá-los,” assegura Kleber Vieira Cardoso, Professor associado no Instituto de Informática - Universidade Federal de Goiás (UFG), que investiga as Aplicações imersivas e sua integração com sistemas Pós-5G.

Ao encerrar a plenária do Workshop, o Prof. Luciano Leonel agradeceu a presença e reconheceu a importância de todas as universidades e instituições participantes do Projeto Brasil 6G. “Após todas as apresentações comprovamos que os desafios que vem pela frente estão muito além de transmitir dados e os avanços conquistados vão gerar material para, em breve, termos novas edições do Workshop” orgulha-se o mediador do evento e coordenador do Projeto Brasil 6G.

 

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