As pesquisas na área de Tecnologia da Informação e Comunicação do Inatel acabam de ganhar um reforço. A instituição passa agora a ter uma ilha operacional da plataforma FIBRE (Future Internet Brazilian Environment for Experimentation), uma espécie de laboratório virtual em larga escala para o desenvolvimento de novas aplicações e novas arquiteturas de internet.
O FIBRE é uma iniciativa da RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) e pode ser utilizado por qualquer estudante, pesquisador ou desenvolvedor que queira acesso a um ambiente de experimentação real. É formado por uma federação de ilhas de experimentação, abrigadas em diversas universidades e instituições de pesquisa brasileiras e também está disponível remotamente. O Inatel já fazia utilização da plataforma de forma remota e agora integra as 18 ilhas operacionais distribuídas pelo país.
Foto: José Rodrigo, responsável técnico da Ilha Operacional do FIBRE no Inatel, no ICT Lab, laboratório onde a ilha está localizada
A ilha está localizada parte no ICT Lab (Information and Communications Technologies Laboratory), e parte no Laboratório de Redes de Telecomunicações da instituição. Sua implantação foi possível graças a uma série de iniciativas. “Por meio de um projeto de pesquisa, foi possível adquirir um servidor para virtualização e desenvolver um comutador para interconexão de arquiteturas de Internet. Outros equipamentos necessários para implantação da ilha, que estavam no Laboratório de Redes, foram cedidos pelos professores Marcelo de Oliveira Marques e Guilherme Aquino. Também foi fundamental o apoio do pessoal da Seção de Redes e Internet e da Prefeitura do Campus”, explica José Rodrigo dos Santos, aluno de Mestrado que atua como responsável técnico da Ilha.
Para o professor Antônio Marcos Alberti, coordenador do ICT Lab, participar do FIBRE efetivamente é fundamental para estar sincronizado com a área de experimentação e avaliação de desempenho de redes de telecom e cloud computing no Brasil. “A comunidade de pesquisa em novas arquiteturas de informação participa efetivamente do FIBRE, seja rodando experimentos, ou dando aula através da plataforma. O FIBRE utiliza um moderno sistema de compartilhamento de recursos de laboratórios no Brasil, facilitando e viabilizando experimentos em larga escala, suportados por virtualização. Os estudantes do Inatel poderão em breve rodar experimentos localmente ou em maior escala através do FIBRE”, destaca o pesquisador.
Desde 2017, a equipe do ICT Lab, liderada pelo professor, realiza experimentos na plataforma FIBRE, com a arquitetura alternativa de Internet NovaGenesis, iniciativa desenhada do zero pelos pesquisadores do Inatel que combina ingredientes que viabilizam diferentes abordagens como Internet das coisas, virtualização, arquiteturas orientadas a serviços, infraestruturas cibernéticas, entre outras.
A Ilha do Inatel foi implantada no final do mês de junho e já está em operação, embora ainda não hajam experimentos sendo feitos. Ela será usada por alunos de mestrado e doutorado para experimentos na área de Tecnologia da Informação e Comunicação e, por estar interligada as demais ilhas do FIBRE, poderá ser usada também por pesquisadores de outras universidades.