O Inatel, CPQD, a Trópico e Qualcomm Brasil anunciaram no dia 17 de fevereiro uma colaboração para implementar uma avaliação para o desenvolvimento de produtos para redes Open RAN 5G 3GPP. O Open RAN é um dos tópicos mais importantes do setor de telecomunicações e envolve o desenvolvimento de hardware, software e de interfaces abertos, permitindo a interoperabilidade em redes celulares.
Por meio dessa colaboração, a Trópico, CPQD, Inatel e Qualcomm Brasil trabalharão juntas para avaliar os requisitos e potenciais oportunidades do mercado de O-RAN. Essas informações serão vitais para avaliar a possibilidade de implementar Small Cells no Brasil, com base no Design de Referência da Qualcomm Technologies Inc. Essa iniciativa é fundamental para fomentar o ecossistema O-RAN com as principais empresas brasileiras. A ideia é aumentar as opções de fornecedores de O-RAN com soluções inovadoras e competitivas. Os clientes se beneficiarão das mais recentes e melhores tecnologias da Qualcomm Technologies, com produtos desenvolvidos em cooperação local com empresas brasileiras.“Para a Trópico, a parceria com Qualcomm Brasil, CPQD e Inatel é uma importante iniciativa para alavancar nosso plano de oferecer Soluções Integradas de Conectividade e Aplicações para 5G O-RAN. A parceria com a Qualcomm Brasil e os dois maiores Centros de Pesquisa e Desenvolvimento no Brasil cria uma poderosa colaboração que permitirá o desenvolvimento de um portfólio 5G O-RAN mais adequado aos mercados brasileiro e latino-americano”, explica Paulo Cabestré, presidente/CEO da Trópico.
“O Inatel pretende contribuir com sua experiência e espírito pioneiro em telecomunicações e comunicações móveis 5G e 6G, oferecendo à indústria nacional a possibilidade de atender as demandas do nosso país e criando um ambiente que desenvolva o conhecimento, com a capacitação de profissionais de telecomunicações alinhada com as principais tendências do mercado”, afirma Carlos Nazareth Motta Marins, Diretor do Inatel.
“O CPQD vem investindo em Open RAN nos últimos quatro anos e em soluções para redes abertas no geral há muito mais tempo. Acreditamos que soluções abertas e interoperáveis não são apenas uma tendência, mas uma oportunidade fundamental para tornar as redes 5G e de futuras tecnologias ainda melhores, mais baratas e seguras. Além disso, abrem oportunidades para tornar a indústria brasileira mais competitiva e relevante no ecossistema global”, destaca Sebastião Sahão Junior, presidente do CPQD.
“A Qualcomm Technologies acredita firmemente na P&D, impulsionando um roadmap de tecnologia e definindo o ritmo da inovação em todos os setores, desde dispositivos móveis, conectividade, IoT e outros. Estamos muito orgulhosos de colaborar na integração das mais recentes soluções Qualcomm 5G RAN com empresas locais, para fomentar o ecossistema regional e criar o caminho para a rede moderna”, diz Silmar Palmeira, diretor sênior de produtos da Qualcomm Serviços de Telecomunicações Ltda.
“A iniciativa anunciada para desenvolver equipamentos 5G Open RAN, com a participação ativa de empresas e entidades de pesquisa brasileiras é auspiciosa e crucial neste momento de disrupção tecnológica. O bem-sucedido leilão do 5G realizado se beneficiará significativamente do acordo, que posiciona o Brasil à frente na América Latina, como o primeiro país a desenvolver negócios já baseados na arquitetura Open RAN,” enfatiza Fábio Faria, Ministro das Comunicações.
Segundo Marcos Pontes, Ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, “o acordo que está sendo firmado entre a Qualcomm Brasil e os institutos de pesquisa brasileiros, CPQD e Inatel, tem profunda sinergia com os projetos e programas que o MCTI tem apoiado na área de comunicações avançadas, em especial aqueles executados por essas duas instituições voltados para o desenvolvimento de tecnologias 5G, OPEN RAN e 6G. Assim, materializa-se o ciclo da inovação, onde essa rede de institutos de pesquisa trabalhando com a indústria irão transformar conhecimento em riqueza, em nota fiscal.”
O Radio Access Network (RAN) é a última milha na borda de uma rede celular. Inclui processamento de banda base e torres de celular com antenas que fazem a interface com dispositivos celulares, para transmitir/receber dados por meio de um sinal de radiofrequência (RF).
A arquitetura RAN tradicional depende de hardware e software especializados de um único fornecedor, que controla toda a RAN. A falta de relacionamento entre fornecedores limita a inovação, pois envolve o uso de equipamentos e interfaces proprietários, que oferecem pouca ou nenhuma flexibilidade, falta de opções e custos mais elevados.
O princípio do Open RAN é fornecer um design interoperável baseado em um hardware de um fornecedor neutro e interfaces independentes, que suportem padrões abertos e desenvolvimento comunitário. Um ecossistema interoperável é projetado para permitir que as operadoras combinem todos os componentes RAN de diferentes fornecedores. A flexibilidade de trabalhar com novos parceiros ajuda a trazer a inovação necessária para permitir que os desenvolvedores forneçam soluções e serviços originais.