Pesquisa contratada pela Abipti aponta que institutos privados geraram R$ 24,7 bilhões e 156 mil empregos em 2020
O Inatel foi citado em uma pesquisa que aponta a importância econômica dos institutos privados no setor de tecnologia do Brasil. Os resultados foram divulgados pela Deloitte, empresa que realizou o estudo, durante uma mesa-redonda realizada pela Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti), a qual o Inatel é membro.
A Abipti é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1980 com mais de 140 institutos de ciência e tecnologia credenciados em todas as regiões do Brasil. O grupo tem como objetivo defender os interesses das instituições e a pesquisa tecnológica no país.
Na pesquisa, foram avaliados os resultados econômicos que os 17 maiores Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) voltados para a Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) e Energia retornam para a sociedade. Nessa lista, está o Inatel. Segundo o levantamento, apenas os ICTs privados foram responsáveis por gerar uma receita superior a R$ 24,7 bilhões em 2020. No mesmo ano, o setor gerou 156 mil empregos.
O estudo completo com o resultado da pesquisa será publicado no site da associação no dia 20 de outubro. O presidente da Abipti, Paulo Foina, destacou que a pesquisa é inédita no Brasil e apontou resultados importantes para o setor.
"Colocar dinheiro em uma ICT não é despesa, é investimento. E atualmente é um dos melhores investimentos. Lógico que não é a percepção da sociedade, não é um retorno imediato. Eu não coloco dinheiro hoje, e ele volta amanhã. Na média, durante um certo tempo, isso entra em regime e aí você vai ter retorno na forma de impostos muito maior do que o governo coloca na forma de incentivo ou renúncia fiscal", afirma.
A responsável pela pesquisa, Marcia Ogawa, avaliou a importância dos institutos de ciência e tecnologia em seus projetos. "Eles trazem uma contribuição, uma inovação e uma capacitação diferente do que tem nas dinâmicas das empresas que estão olhando ali o curto prazo, as necessidades de curto prazo. Então, essa associação e esse envolvimento são muito benéficos", afirma.
Ela destacou a forma como os ICTs privados, como o Inatel, são responsáveis por gerar grande quantidade de receita. "Elas, no conjunto, têm mais de dois mil projetos de PD&I e serviços especializados. E hoje, esse conjunto tem mais de R$ 1,5 bilhão de receitas de projetos", conta.
O secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Alvim, que esteve em visita ao Inatel na semana passada, afirmou que os institutos rendem grandes frutos para a sociedade.
"Os trabalhos que os ICTs fazem dão retorno para a sociedade criando soberania, criando produtos e serviços de maior valor agregado e abrindo janelas de oportunidade, como também foi mostrado no final do estudo", conta.
Para ele, os institutos serão grandes parceiros de empresas que buscam pela inovação. "Cada vez mais, o setor empresarial buscará parcerias por quem detém o conhecimento científico e tecnológico. E os ICTs têm um diferencial: estão mais próximos das demandas empresariais. Eles estão com uma maior capacidade de codificar as demandas do setor produtivo. Então, os ICTs têm uma capacidade de interação maior e uma capacidade de resolução muito maior e com maior celeridade", afirma.