Na 23ª edição da Futurecom, ecossistemas de tecnologia discutem soluções na formação e capacitação de profissionais focados em resoluções de problemas
O Futurecom é uma experiência “phygital” para as áreas de telecomunicações e de tecnologia da informação e comunicação como um todo. O evento, que aconteceu em São Paulo/Brasil, entre os dias 3 e 5 de outubro de 2023, reuniu mais de 30 mil visitantes, assim como as principais lideranças e empresas de inovação do Brasil e da América Latina em um debate a respeito da “Connecting the Interactions – a era da interação de dados, pessoas e negócios conectados”.
A participação de especialistas do Instituto Nacional de Telecomunicações – Inatel marcou nove discussões a respeito das tendências em inovação, conectividade e transformação digital para todos os segmentos da economia. Os professores e pesquisadores abordaram temas como 5G e 6G, cibersegurança, conectividade, cidades inteligentes, entre outros. “A Futurecom discute temas importantes para o mundo tecnológico, como, por exemplo, formar profissionais habituados a inovar, a olhar o mundo de forma diferenciada e colocar o seu conhecimento em prol do desenvolvimento de soluções”, comenta Carlos Nazareth Motta Martins, diretor do Inatel.
A 23ª edição da feira contemplou as demandas da indústria, considerou a inserção das novas tecnologias na sociedade, bem como enfatizou o impacto mercadológico das inovações. Já o futuro tecnológico sob a ótica educacional trouxe ainda uma discussão a respeito das estratégias de ensino que aproximam a sala de aula da realidade do mundo dos negócios. “Um grande desafio nos próximos anos, não só para as empresas, mas também para os profissionais, é estar constantemente estudando. Para que o conceito “lifelong learning” (aprendizado ao longo da vida) possa acontecer, para ter uma longevidade profissional e atuar em diferentes funções ao longo da vida, é necessário que o profissional se atualize e estude”, destacou Nazareth, durante painel no Congresso do evento.
Os diversos ecossistemas reunidos abordaram a formação de profissionais que atendam às diversas verticais de tecnologia no Brasil. O painel “Profissionais do Futuro: como vencer o gap global de profissionais de TIC e os skills mais desejadas até 2025” teve com a participação do diretor do Inatel. O debate contou coma mediação de Cristiane Tarricone, Conselheira da MCIO, somada à participação de: Jonatas Soares dos Santos, especialista em Inovação e Novos Negócios na Bosch; Fabricio Cardoso, co-Fundador e Diretor Geral da SoulCode; Andrea Mannarino, head da Operação de TI na Estrutura de Soluções Digitais da Embratel; e Thyago de Amorim Monteiro, CTO da Connectoway.
Os palestrantes levantaram a ideia de que a inclusão e a sustentabilidade, bem como as capacidades socioemocionais e cognitivas, são visões estratégicas - a longo prazo - que podem impulsionar os setores da educação, da saúde, do agronegócio, entre outros espaços que demandam tecnologias e mão de obra prioritárias. Para acompanhar o mundo digital, inovar é uma das grades soluções! No entanto, os debatedores concordaram ainda, que a valorização dos colaboradores, fortalecer os dados da empresa, investir em pessoas para a multiplicação de informações e acelerar a formação especializada, assim como a requalificação dos profissionais, são as “grandes chaves” que contribuirão para um mercado e instituições mais sustentáveis.
As interações entre instituições de ensino e pesquisa, empresas, Governo, mercado e indústria, oportunizaram discussões a respeito da necessidade de o Brasil impulsionar o uso de tecnologias com mais sustentabilidade, seja na esfera pública, privada, ou no terceiro setor. Temáticas como a importância do empreendedorismo, mudanças nas bases curriculares do ensino no país, a formação de profissionais especializados, a inovação em empresas e um ensino que incite a criatividade e as tecnologias foram reforçados.
A articulação para o ecossistema de inovação perpassa ainda pela segurança e uso dessas novas tecnologias, além da proteção de dados para elevar o valor de cada vertical. Os participantes citaram ainda, que a inteligência artificial, por exemplo, já é uma ferramenta para qualificar profissionais. No entanto, essa é uma tecnologia que demandará curadoria humana. O grande desafia à frente, apontado no bate-papo, é a criação de informações lógicas para as máquinas, mas que também sejam seguras e com um senso social e ético.
Inatel media encontro relativo a aprendizado científico no Futurecom
O espaço “MeetUp Futurecom” também foi uma plataforma de diálogo voltada para a temática educação no país, no Futuricom 2023. Em um dos encontros entre lideranças, empresas e órgãos governamentais, Guilherme Augusto Barucke Marcondes, pró-diretor de graduação e vice-diretor do Inatel, mediou a discussão a respeito do “Fomento ao STEM e profissionais capacitados em um mundo hyperconectado”. “É fundamental o investimento na vertical de educação, para atingir o bem comum e o bem-estar da sociedade. Essa articulação entre as organizações pode levar às esferas decisórias, principalmente às governamentais, diversas sugestões de melhorias”, comenta o vice-diretor.


