O Inatel participa do grupo de instituições que integram o novo projeto criado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com o intuito de incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias emergentes visando inserir produtores rurais no processo de transformação digital. O diretor da instituição, professor Carlos Nazareth Motta Marins, e o pró-diretor de Pós-graduação e Pesquisa, professor José Marcos Câmara Brito, participaram na última semana do lançamento do “Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (CCD-AD SemeAr)”, que será destinado ao projeto.
Aprovado no final de 2022 em edital da Fapesp para constituição de Centros virtuais orientados a problemas específicos e com impacto social e econômico, o projeto contará com investimento total de R$ 25 milhões ao longo dos próximos cinco anos. O objetivo é avançar no conhecimento e gerar soluções que atendam às necessidades de pequenos e médios produtores rurais, de forma a contribuir para reduzir imperfeições de mercado e desigualdades na adoção de tecnologias digitais que sejam capazes de promover ganhos de produtividade e competitividade, redução de custos e aumento da eficiência da produção agrícola.
“A criação do Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital é um marco para o agronegócio brasileiro. O Centro irá na inclusão digital de pequenos e médios produtores rurais. Várias frentes de pesquisa estão definidas, como Inteligência Artificial, Sensoriamento Remoto, Automação e Agricultura de Precisão, Rastreabilidade e Certificação e Conectividade, que é uma questão fundamental para o sucesso das demais frentes, sendo transversal a todas elas. O Inatel irá atuar principalmente na frente de conectividade, pesquisando e desenvolvendo soluções em sistemas de comunicações móveis e redes óptico/wireless voltadas para o segmento do agronegócio”, explica o professor José Brito, que atua também como vice-diretor do Centro.
Entre as ações previstas pelo projeto, está o estabelecimento de Distritos Agro Tecnológicos (DATs), em diferentes regiões do país, para a promoção de soluções de conectividade em áreas rurais e a inserção de tecnologias digitais em processos de produção agropecuária. Os primeiros pilotos, que servem como referência para o novo projeto, foram estabelecidos nos municípios paulistas de Caconde, região caracterizada pela presença de pequenos e médios cafeicultores, e de São Miguel Arcanjo, que tem a produção de uva como atividade de destaque.
A Embrapa Agricultura Digital, unidade localizada em Campinas (SP), é a instituição sede do projeto, que tem ainda como instituições associadas o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o Instituto Agronômico (IAC), o Instituto de Economia Agrícola (IEA), a Universidade Federal de Lavras (UFLA), além do Inatel.