A chegada do 5G aos municípios brasileiros impulsiona as aplicações em Internet das Coisas, a chamada IoT. Mas muitas das soluções para fazer uma Cidade Inteligente independem da rede móvel de quinta geração, ainda mais em pequenos municípios. Há muitas inovações que atendem as necessidades públicas, o importante é ter planejamento e visão de futuro. Mas como saber e fazer um plano adequado de serviços inteligentes com tanta oferta de soluções no mercado? O Inatel, como centro de pesquisa e desenvolvimento, está apto a auxiliar os municípios com consultoria e planejamento das decisões visando uma melhor utilização dos recursos.
Desde 2019, o Inatel desenvolve um projeto, em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para disseminação dos conhecimentos e tecnologias de IoT e Cidades Inteligentes no Brasil. O projeto piloto envolve os municípios e Santa Rita do Sapucaí, Caxambu e Piraí.
O coordenador geral do projeto de Cidades Inteligentes do Inatel, Leonardo Maia, explica que as cidades não devem ter a visão de apenas um projeto, mas da perenidade do processo de transformação digital dentro do contexto de cidades inteligentes. “Às vezes algumas cidades têm soluções para diferentes serviços que não conversam entre si, ou seja, não são interconectáveis. Consequentemente, em vez de terem um sistema digitalizado, com integração e processamento de dados em benefício da eficiência das cidades, as soluções ficam soltas. E é nesse planejamento que o Inatel pode contribuir”.
Em Santa Rita do Sapucaí, cidade onde fica o Inatel, já foram iniciadas as aplicações de rastreamento de frota de veículos públicos, aplicativo para uso dos moradores e iluminação pública inteligente, inclusive com luminárias com dimerização já aplicadas em 40 postes do centro do município. A instalação ocorreu no dia 8 de novembro e essa e outras soluções foram apresentadas para representes de diversos municípios mineiros em um workshop realizado durante a Semana do Empreendedor do Inatel. “Essas lâmpadas podem trabalhar com a potência menor em alguns postes e horários pré-determinados que pode gerar uma eficiência energética para o município, por exemplo”, explicou o coordenador técnico do projeto, Lucas Prado.
“Quando falamos em transformação digital tudo estará conectado, mais que o 5G, estamos falando de Internet das Coisas e redes industriais, urbanas, que permitam a conectividades dos dispositivos. E a estrutura do campus e laboratórios Inatel está aberta para aplicações e testes de soluções antes mesmo delas chegarem às cidades”, afirma o diretor do Instituto, Carlos Nazareth Motta Marins.
Mais informações do projeto podem ser obtidas neste site.
Confira a reportagem exibida na EPTV: