No último dia 6 de julho, o Brasil iniciou as operações da rede 5G de comunicação móvel e o Inatel, mais uma vez, tem participação nesse importante momento das telecomunicações brasileira. O Instituto e a KPMG estão prestando consultoria técnica para a Entidade Administradora de Faixas (EAF) nas definições referentes a desocupação da faixa de frequência da banda C, utilizada atualmente pelas emissoras de TV abertas via satélite, e também a migração do sinal da banda C para a banda Ku. A desocupação e migração são compromissos assumidos pelas operadoras que compraram o bloco nacional de frequência de 3,5 GHz no leilão para a quinta geração de comunicação móvel, realizado no final de 2021.
Uma equipe envolvendo especialistas, pesquisadores e professores do Inatel, coordenados pelos consultores Dr. Hugo Rodrigues Dias Filgueiras e Eng. Lucas Prado Rocha, realizam o levantamento de dados para definição das especificações técnicas necessárias para a substituição de antenas, receptores e a instalação de conversores para os sistemas satelitais residenciais (TVRO – television reception only) no contexto de migração para banda Ku. Além disso, nos laboratórios do Instituto, em Santa Rita do Sapucaí/MG, estão sendo realizados ensaios laboratoriais com os novos filtros e conversores de frequência necessários para garantir o cenário de coexistência entre os sistemas satelitais profissionais (FSS – fixed satellite service) e o 5G em banda C. Os dados levantados foram apresentados para a EAF e o Gaispi (Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz) da Anatel para a definição de diretrizes e o início da rede 5G no país.
Brasília foi a primeira cidade brasileira a iniciar a rede 5G e conforme cronograma estabelecido pelo GAISPI até a data atual, todas as capitais brasileiras devem ofertar o serviço até 29 de setembro deste ano. Para isso será necessária a troca dos receptores de antenas parabólicas, além da proteção de todos os sistemas profissionais que não serão migrados.
Para o diretor do Inatel, Carlos Nazareth Motta Marins, a EAF tem uma grande responsabilidade para as telecomunicações, em atender as demandas a indústria de televisão que opera de forma nacional através dos serviços via satélite e viabilizar a expansão do serviço 5G aumentando a conectividade nas mais variadas localidades, com diferentes particularidades de um país continental como o Brasil. “Tudo isso deve ser feito de forma organizada, bem programada e com competência de gestão administrativa alinhada à gestão técnica. Dentro deste contexto, destacamos o empenho das operadoras de comunicações móveis, das operadoras de comunicações via satélite, das emissoras de TV e da Anatel, que se dedicam a esta missão, e da composição KPMG e Inatel para o embasamento adequado e necessário para o fortalecimento do mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação brasileiro”, afirma o diretor.