Mais uma vez o Inatel destaca-se como única Instituição privada selecionada para receber aporte financeiro público, dessa vez pelo Programa Pibiti, em chamada da Fapemig juntamente com o CNPq e o MCTIC. O projeto será criado pelo Inatel e a multinacional Foxconn, com o foco em duas linhas de pesquisa: o desenvolvimento de uma mão biônica e também de uma cinta para eletrocardiograma que acompanhará o paciente em sua rotina para coletar dados sobre riscos à saúde.
Destinado às Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) de Minas Gerais, o Programa Pibiti reativa os investimentos públicos estaduais paralisados em 2019, com bolsas acadêmicas. O Programa visa apoiar projetos cooperativos entre academia e empresa, por meio da participação de estudantes de graduação. Ao final do projeto, além da produção científica, espera-se que sejam gerados produtos ou processos inovadores que possam ser aplicados no setor empresarial, privado ou acadêmico.
Dessa forma, o Inatel, por meio da equipe do CDDTA (Centro de Transferência de Tecnologia Assistiva), buscou a parceria com a Twaianesa Foxconn, considerada a maior fabricante de componentes eletrônicos do mundo para, em conjunto, redigirem o projeto para submissão à chamada pública. De todos os concorrentes do Estado, somente cinco foram selecionados e o Instituto foi a única Instituição privada contemplada.
De acordo com Filipe Bueno, Coordenador do Centro de Pesquisas em Engenharia Biomédica do Inatel, o Programa Pibiti é relevante pelo retorno de recursos estatais para o financiamento de pesquisas acadêmicas. “O diferencial deste Programa será o contato do aluno com o mercado de trabalho no desenvolvimento de um projeto com uma empresa privada, voltado para a indústria e comercialização do produto final” conta o responsável pelo projeto no Instituto.
E essa é realmente a intenção do Pibiti, que prometeu um investimento total de R$192 mil. No Inatel, dois estudantes serão designados para recebimento das bolsas, com duração de um ano, e a empresa Foxconn também será beneficiada com mais duas bolsas, no mesmo período. “Para definição dos alunos participantes do projeto, serão avaliadas a capacidade e experiência em conectar o mundo da biologia e medicina com a prática e técnica de conceitos de engenharia e, claro, será considerado o desempenho acadêmico” lembra o Filipe Bueno.
Filipe confirma também as intenções da Fapemig e outros parceiros estatais com este Programa, pois “além de adquirir conhecimentos científicos, esse trabalho apresenta como um dos pilares de sustentação o desenvolvimento da comunicação e da dinâmica profissional no estudante, o que favorece uma formação mais qualificada e facilita a entrada no mercado de trabalho” reforça o Coordenador.
Projetos escolhidos para contratação:
Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).