Mercado de trabalho para mulheres em TIC é tema de debate no Inatel

Evento comemorou o Dia Internacional das Mulheres nas TICs

Líder de projeto do ICC, Valeska Marcondes, pres. da Finatel, José Geraldo de Souza, ex-aluna do Inatel e dir. da Spinner Brasil, Poliana Lanari, dir. do Inatel, prof. Marcelo de Oliveira Marques, ass. da ITU, Melba Riveira, e a ex-aluna e ger. de pesquisa e desenvolvimento da Hitachi Linear, Vanessa Souza

Alunas do Inatel e de colégios da região participaram da celebração do Dia Internacional das Mulheres nas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), comemorado na quinta-feira, dia 26 de abril. A data foi estabelecida pela ITU (International Telecommunication Union), organização ligada à ONU que regulamenta as telecomunicações internacionais, e pela primeira vez foi celebrada ao mesmo tempo em diversos países. "É a primeira fez que a ITU faz uma interligação mundial para celebrar o dia das mulheres em TIC, envolvendo a América do Sul e América Central", disse a assessora em gestão de desenvolvimento de Recursos Humanos para as Américas da ITU, Melba Riveira.

O evento contou com a palestra da ex-aluna do Inatel e diretora geral da Spinner do Brasil, Poliana Lanari, sobre o mercado de trabalho para as mulheres em TIC. Em um bate papo bem humorado, a executiva contou histórias de sua trajetória profissional de sucesso, falou sobre as barreiras e as fragilidades das mulheres no mercado, mas também salientou os diferenciais competitivos. "Somos multitarefas por natureza", disse a executiva que numerou outras características positivas: flexibilidade, amadurecimento precoce, comprometimento, responsabilidade e praticidade. "A mulher não precisa agir igual ao homem, mas precisa ter seu objetivo definido, saber seus valores e limites", disse.

Em seguida, houve um debate com a participação da assessora em gestão de desenvolvimento de Recursos Humanos para as Américas da ITU, Melba Riveira, a gerente de projetos da Hitachi Linear, Vanessa Souza, e a especialista em Sistema Sênior do Inatel, Valeska Marcondes e a professora angolana Lucrecia Antônio.

Hoje o número de alunas no Inatel representa 21% do total de estudantes na graduação do Instituto. Estatística representativa, afinal, atualmente são 351 mulheres fazendo cursos ligados à engenharia e tecnologia, 67% do total de ex-alunas em 47 anos de história. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, do Ministério da Educação, o número de alunas matriculadas em cursos de Engenharia no Brasil saltou de 38,2 mil em 2001 para 118,9 mil em 2010, um aumento de 210%, bem acima do crescimento de homens matriculados no mesmo período (140%).

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