Mulheres em TIC: o caminho é a Educação!

Artigo escrito por Crishna Irion, professora e coach da Equipe de Programação do Inatel Muito tem se falado sobre a atuação da mulher na área de Programação e sobre sua inclusão no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação. Promover a consciência sobre a necessidade de criar mais oportunidades para as mulheres na área de tecnologia é uma proposta extremamente importante e necessária. Iniciativas inclusivas, porém, precisam ser pensadas seriamente.

Até que ponto esse tipo de iniciativa é mais exclusiva do que inclusiva? Será que as meninas não se sentem a vontade para programar porque não é uma coisa "que está na moda", porque não há linguagem de programação lúdica ou porque é muito difícil para elas entender aqueles códigos? Claro que não! Todas são capazes! Mas há de se tomar cuidado com as armadilhas segregativas...

Imagem de artigo de Notícias - Foto 1O preconceito inconsciente ainda desencoraja muitas mulheres e outros grupos a prosseguir no estudo e na carreira em tecnologia. Uma pesquisa recente da Stack Overflow sobre a área de desenvolvimento aponta que 92% dos programadores são do sexo masculino. Além disso, a pesquisa mostrou que as mulheres programadoras são mais propensas a atuarem em design, qualidade e teste.

Em minha turma de faculdade, quando cursei Ciências da Computação, praticamente 50% eram meninas. Tivemos a oportunidade de ingressar em um mercado de desenvolvimento muito abrangente e com muitas possibilidades. Pude atuar em suporte, desenvolvimento, análise, implantação de sistemas e em seguida na academia. Durante toda minha trajetória profissional nunca houve demérito de gênero.

Acredito, sinceramente, que ainda temos muito que evoluir como sociedade, em vários aspectos, para eliminar preconceitos, divisões, segregações em vários níveis. Mas já evoluímos muito! Trabalho com computação há mais de 15 anos e percebo que há um potencial muito grande, além de oportunidades e possibilidades para todos e, principalmente, para as mulheres. Não há dúvidas de que elas são capazes e bem-sucedidas quando buscam sua formação e colocação profissional, independente da área.

Uma forma bem produtiva de incentivar o ingresso das mulheres no mercado de tecnologia é proporcionar a aproximação com a área desde cedo. Ensinar programação para todos – meninos e meninas – iniciando o processo no ensino fundamental pode ser uma alternativa. Não há dúvidas de que o acesso à educação de alta qualidade em Computação pode fazer e faz a diferença!

O Inatel é um exemplo de instituição que desenvolve ações nesse sentido, promovendo atividades como o Torneio Arduino, que tem como objetivo despertar o interesse pela Engenharia nos adolescentes de escolas da região, ou ainda, o ensino de Programação para os alunos do programa de Responsabilidade Social da instituição, o Inatel Cas@viva.

Independente do gênero, aqui se constrói tecnologia!