Não é de se espantar que as mulheres tenham obtido muitas conquistas ao longo da história, afinal foram anos de luta pela igualdade de direitos e pela sua emancipação. Agora, com forte presença no mercado de trabalho, as mulheres chegam a ocupar cargos de liderança e a seguir carreiras tidas, até então, como masculinas.
É o caso da carreira de Engenharia. Segundo dados do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) o número de mulheres credenciadas nas diferentes áreas da Engenharia subiu 142% entre 2005 e 2012. Isso se reflete também nos cursos de Engenharia oferecidos pelo Inatel. Se alguns anos atrás havia turmas com apenas uma mulher, hoje, elas representam 23% dos alunos e são maioria no curso de Engenharia Biomédica.
Por influência do pai, que foi professor no Instituto, Juliana optou por seguir a área acadêmica e fez Mestrado e Doutorado na mesma área em que se formou. "Não enfrentei dificuldades em seguir este caminho por ser mulher. Acho que o que conta é ser um bom profissional e principalmente gostar do que faz. Isso faz a diferença", destaca.
Segundo ela, a única dificuldade que encontrou em sua carreira foi quando precisou conciliar trabalho e maternidade. "Quando precisava viajar, era um martírio ficar longe da minha filha. Acredito que essa é uma fase muito difícil para todas as mulheres, independente da profissão". Hoje, grávida do segundo filho, Isabela decidiu se dedicar somente aos estudos. "Estou feliz na área de pesquisa, pois é um ambiente em que tenho um horário mais flexível e posso ficar mais perto da minha família", afirma.
Realidade atual
Marília: "Homens e mulheres trabalhando são a sintonia perfeita"O Inatel possui hoje 451 alunas, sendo que o curso com maior número de mulheres é o de Engenharia Biomédica, em que elas são maioria, seguido pelo de Engenharia de Telecomunicações. Na opinião de Marília Bontempo, aluna do curso de Engenharia Elétrica, o fato de ser mulher não muda o grau de exigência sobre o trabalho, nem a forma como ele é visto. "Hoje em dia, as mulheres ocupam mais lugares nas faculdades. Isso é algo que foi conquistado ao longo do tempo e tem mudado o estereótipo de muitas profissões", destaca.
A estudante é monitora e atua no Laboratório WOCA do Inatel, voltado para pesquisas na área de Comunicações Ópticas e Sem Fio, que é constituído, em sua maioria, por homens. "Os sexos são diferentes, portanto, as características são diferentes. Os dois trabalhando em conjunto são a sintonia perfeita, porque uma vez que o homem tem mais habilidade para certas coisas, a mulher tem uma visão mais abrangente".
Agora, no 7º período, Marília está começando a traçar seus objetivos profissionais. "Pretendo ingressar no Mestrado e trabalhar na área de desenvolvimento de projetos de Telecom. Acredito que dificuldades todos nós encontramos, sendo homem ou mulher, pois é uma fase nova da nossa vida em que temos que descobrir muitas coisas e estar preparado para elas", conclui.
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