A Maincore passou a integrar o portfólio de startups, enquanto a Gold Cultive foi aprovada para o programa de pré-incubação
Duas empresas foram selecionadas pelo Inatel Startups para participarem do programa de incubação e pré-incubação da instituição. Ao todo, cinco empresas residentes compõem o quadro de startups integradas à incubadora e que desenvolvem soluções tecnológicas nas mais diversas áreas.
A Maincore, empresa que passou pelos processos de ideação e pré-incubação, foi aprovada pela banca avaliadora em novembro. A empresa desenvolve e comercializa soluções tecnológicas baseadas em hardware e software para sistemas embarcados e lógica programável.
O principal produto produzido pela startup é um Single Board Computer (SBC) customizável para aplicações embarcadas para diferentes verticais de negócio. A empresa atua no mercado B2B, especialmente com clientes que demandam alto nível de customização, tanto de software, quanto de hardware.
Segundo o empreendedor responsável pela ideia, Oscavo Gonzaga Prata Júnior, o diferencial da empresa está no fato de os produtos terem uma plataforma única de hardware e software que pode ser customizada de forma ágil. "Também somos a única fornecedora de SBC que comercializa seus produtos no formato de licenciamento de produção, e ainda viabilizamos para nossos clientes a conversão de parte do custo fixo com desenvolvimento e produção de produtos em custo variável", afirma.
No programa de pré-incubação, a nova empresa selecionada é a Gold Cultive, que já passou pelo programa de ideação do Inatel Startups. A empresa é formada por três alunos do Inatel e é uma agritech, que tem como objetivo atuar junto à cadeia de produção de lúpulo, nas áreas de agricultura, tecnologia, produtividade, colheita, plantio, comercialização, irrigação, ganho de luz noturna, viveiros, automação e potencialização da produção.
O CEO da empresa, Lucas Santos, afirma que o diferencial da empresa está no custo. "O nosso principal diferencial é o baixo preço agregado, da solução iniciada. O lúpulo muitas vezes é tratado como sendo uma hortaliça, pelos cuidados que se deve ter com ele durante seu cultivo. Então, o controle e a automação vêm para ajudar a facilitar a ter mais controle sobre toda a sua lavoura. E a gente tem consciência que, fazendo isso, estaremos alimentando a cadeia produtiva do lúpulo", afirma.
Lucas, que é aluno do curso de Engenharia de Controle e Automação do Inatel, explica que a ideia de investir na área surgiu após perceber o avanço da produção do lúpulo no país por meio da expansão das cervejarias nacionais. "Em torno de cinco a dez anos, toda cidade de médio a grande porte vão ter, no mínimo, três cervejarias artesanais", conta.
Por fim, ele afirma que o ingresso na pré-incubadora foi bastante comemorado pela equipe. "A pré-incubação é o início do desenvolvimento do nosso Minimum Viable Product, para a validação com os nossos clientes. Na ideação, com as entrevistas, com os networks, com os contatos que a gente conseguiu fazer, a gente conseguiu chegar numa proposta de solução que atenda a maioria das dores dos clientes que a gente entrevistou", disse.