O Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), de Santa Rita do Sapucaí (MG), está desenvolvendo uma pesquisa com a tecnologia 4G (quarta geração), que busca convergir sistemas para transmissão de dados em alta velocidade, porém sem encarecer a estrutura para isso. Na prática, as redes 4G permitiriam um acesso de 20 a 40 vezes mais rápido, em média, do que o alcançado com as atuais redes 3G. Até o momento, foram obtidas taxas de transmissão de dados de até 26 MB/s (megabytes por segundo), quando a tecnologia 3G alcança uma média de apenas 256 kilobytes por segundo (kbps) e 1 MPs.
Os testes compõem os estudos para o desenvolvimento de um sistema de transmissão de dados que mescla as tecnologias 4G e rádio sobre fibra. Entre as principais vantagens dessa integração estão a diminuição dos custos operacionais e com infraestrutura para sua implantação, a utilização da mesma plataforma por diferentes operadoras ou provedoras de internet e a possibilidade de integração com sistemas de monitoramento e segurança e redes inteligentes de energia, como água e gás, por exemplo.
A pesquisa é feita por alunos de iniciação científica e mestrado em telecomunicações com a supervisão do professor Arismar Cerqueira. O projeto teve financiamento do Governo Federal. Foi instalada em vários pontos do campus da Inatel uma rede de 26 km de fibras ópticas para a pesquisa, que teve início em janeiro deste ano e terá a duração de quatro anos.
Pelo cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em abril do ano que vem, todas as cidades-sede de jogos da Copa das Confederações terão que contar com o 4G. Ao final de 2013, o sinal deve estar disponível em todas as sedes e subsedes da Copa de 2014. As demais cidades, somente a partir de 2020. Para isso, deverão ser investidos entre R$ 12 bilhões e R$ 15 bilhões.