Pesquisadores do Inatel desenvolvem antena para radar fotônico

Por meio de um projeto de parceria entre Brasil e Itália, pesquisadores do Inatel estão participando do desenvolvimento de um radar fotônico inovador que será capaz de aumentar a segurança do controle de tráfego aéreo e marítimo. Sob coordenação do professor Dr. Arismar Cerqueira, os pesquisadores criaram uma antena específica para o radar que permite que ele faça, simultaneamente, detecção e comunicação entre os alvos (aviões e/ou navios) com as centrais de controle.

O projeto está sendo desenvolvido em cooperação com a Scuola Superiore Sant'Anna de Pisa, e envolve a participação de estudantes de Mestrado do Inatel, que fazem parte da equipe do Laboratório WOCA (Wireless and Optical Convergent Access), além de pesquisadores da Unifei (Universidade Federal de Itajubá). A parceria também viabiliza o intercâmbio de professores e alunos pesquisadores. O financiamento do projeto é feito pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), autarquia ligada ao Ministério da Educação.

As pesquisas acontecem desde outubro de 2014 e os experimentos tiveram início em setembro deste ano, quando o professor Arismar esteve na Itália. Em novembro, o Inatel recebeu a visita da professora italiana, Antonella Bogoni, para continuidade dos experimentos. Os estudos continuarão nos próximos dois anos e preveem testes reais em portos no Brasil e na Itália.

"O Inatel tem competências complementares às nossas. Trabalhamos fortemente com Óptica, enquanto a instituição trabalha com Comunicações sem fio e Antenas. Essa interação permite desfrutarmos ao máximo a tecnologia de Fotônica de Micro-ondas", avalia Antonella.

A instituição já entrou com o pedido de patente da antena desenvolvida como parte do projeto, requerida no escopo do Centro de Referência em Radiocomunicações (CRR).

"É um sistema bastante inovador. Pode ser utilizado em aviões e navios. Esse é o primeiro radar com essas características que utiliza tecnologia Fotônica. Com isso, ele se torna mais estável e mais preciso, além de permitir trabalhar com uma frequência mais alta e obter uma resolução maior", explica o professor.

Equipe do WOCA com a professora italiana, Antonella Bogoni