Protótipo de óculos que integrará Sistema de Deambulação para Deficientes Visuais é finalizado

Os alunos Diego Silva e Isabel Mendes são os responsáveis pelo desenvolvimento do sistema que pretende auxiliar pessoas com deficiência visual a se locomoveremO Centro de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia Assistiva (CDTTA) está comemorando mais uma conquista. Os óculos que farão parte do Sistema de Deambulação para Deficientes Visuais, equipamento que pretende auxiliar na locomoção de cegos, são o terceiro protótipo concluído nos sete meses de existência do Centro.

O projeto está sendo desenvolvido pelos alunos Diego Augusto de Souza e Silva, do 6º período da graduação em Engenharia de Telecomunicações, e Isabel Francine Mendes, do 7º período da graduação em Engenharia Biomédica, sob orientação do professor Fabiano Valias de Carvalho. O sistema é composto por uma série de sensores ultrassônicos que poderão ser acoplados ao corpo de uma pessoa com deficiência visual com a finalidade de informar, por meio de vibrações, a existência de obstáculos no trajeto que ela estiver percorrendo.

A ideia para o projeto partiu de um oftalmologista que atua na cidade de Belo Horizonte, que percebeu a necessidade de um equipamento desse tipo para seus pacientes. O médico registrou a patente da ideia e propôs ao Inatel o desenvolvimento da tecnologia.

Segundo os estudantes responsáveis pela pesquisa, os óculos foram concluídos primeiramente por se tratarem da parte mais importante do sistema, uma vez que com eles será possível detectar obstáculos na altura da cabeça do usuário, como orelhões, placas e andaimes de construções, e poderão usados juntamente com a bengala.

"Nos testes iniciais, o protótipo atendeu a todas as nossas expectativas, no entanto, pretendemos trabalhar agora no refinamento deste protótipo, com a intenção de diminuir o tamanho dos sensores e da bateria e deixá-lo ainda mais funcional", destaca Isabel Mendes. Em paralelo, os alunos darão andamento ao desenvolvimento da parte corporal do projeto e a previsão é de que o protótipo final fique pronto em julho.

"Acho que o objetivo de todos que desenvolvem pesquisas no CDTTA é beneficiar uma gama de pessoas que necessita da tecnologia assistiva então, cada passo é um dever cumprido, tanto com relação ao aprendizado técnico quanto ao benefício social que estamos proporcionando", relata com satisfação Diego Silva.