Durante o evento foram apresentados 65 projetos das diferentes áreas de Engenharia, o que atraiu cerca de cinco mil visitantes.
Visita de estudantes
Cerca de 1500 alunos do Ensino Médio e de escolas técnicas, vindos de cidades como Arcos, Belo Horizonte, Campanha, Limeira, entre outras, visitaram o campus do Inatel e puderam conhecer os cursos, os laboratórios e a estrutura da instituição.
Os estudantes também colocaram em prática alguns elementos de Engenharia e Tecnologia, nas áreas de robótica, automação e computação, na Competição Arduino Challenge. A atividade desafiou os jovens a programar um carrinho controlado por uma placa eletrônica de plataforma livre, Arduino, para cumprir algumas tarefas. Em uma disputa eletrizante sagraram-se campeões os alunos do CooperCamp de Campanha/MG. Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, os alunos do Colégio Objetivo de Lambari/MG e do Colégio Imaculado Coração de Maria de São Lourenço/MG. Os alunos vencedores receberam, além do troféu, presentes do Inatel.
A visita desses estudantes movimentou a feira. Curiosos e interessados em conhecer cada projeto, os alunos exploraram ao máximo o espaço. A aluna do curso de informática do Instituto Federal de Sul de Minas de Pouso Alegre, Heloísa Toledo, destacou a diversidade de projetos que a feira apresentou. "É a primeira vez que visito a Fetin e estou encantada. A diversidade de tecnologia que vi aqui é muito interessante e muito desses projetos tem tudo para ajudar a melhorar o futuro", relata.
Projetos
A interação dos estudantes do Inatel com diferentes tipos de tecnologia fez com que a 32ª Fetin contasse com projetos inovadores. Para o coordenador da feira, professor Bruno de Oliveira Monteiro, a adesão e o compromisso dos alunos garantiram o sucesso do evento. "Esse ano tivemos um aumento de aproximadamente 50% na adesão dos alunos participantes na feira e a qualidade dos projetos aumentou muito. O uso de tecnologias como Arduíno e Android durante a confecção dos projetos fez com o nível técnico se elevasse", afirma o professor.
Dentre os projetos de destaque está a Smart Home, uma casa inteligente com tecnologia que permite controlar eletrodomésticos e dispositivos da casa por meio de um aplicativo de celular conectado à internet. Tanta praticidade e inovação garantiu ao grupo o primeiro lugar do nível 2, com nota máxima, a escolha como melhor projeto na Votação da Galera, realizada pela Empresa Júnior do Inatel, e a premiação mais cobiçado, o Prêmio Fapemig de Inovação Tecnológica, que cedeu um valor em dinheiro para ser investido na carreira profissional dos alunos. Para Larissa Rosa, estudante do 4º período de Engenharia de Telecomunicações e integrante do projeto vencedor, ganhar esses prêmios teve grande significado. "Para mim o maior prêmio foi a reação das pessoas ao conhecerem o projeto. Ouvir os visitantes e, principalmente, o cadeirante que visitou nosso estande dizerem que o que fazemos é realmente útil e que poderia ajudá-los de alguma forma foi sensacional. A preocupação que tivemos com cada detalhe do projeto para que ele pudesse atender a todos foi recompensada da melhor forma possível", afirma Larissa.
Outros projetos que chamara a atenção do público foram o Harken, um aeromodelo multimotor remotamente controlado que possibilita produzir imagens aéreas com precisão, Elektro Weight - voltado para energia renovável, sem emissão de poluentes, com um sistema capaz de converter energia mecânica em elétrica quando submetido a qualquer pressão, o projeto Ewa é um sistema mecatrônico voltado para auxílio em cirurgias a distância e SPIn - Sistema de Plantações Inteligentes, entre outros.
Ainda durante a feira, os visitantes puderam participar de palestras e workshops com diferentes temas ligados à Tecnologia.
Projetos Internacionais
Dentre os projetos que estavam sendo expostos na feira, sete deles eram internacionais. Doze estudantes do Uruguai, Taiwan, Sérvia e Bolívia apresentaram seus trabalhos.
Para a sérvia Milica Nusevic, estudante da University of Belgrade, a oportunidade de participar da feira foi única. "Foi a primeira vez que pude expor meu trabalho em uma feira. O projeto MAC Protocol Analysis in Cognitive Radio (MAC Protocolo de Analise em Rádio Cognitivo) que apresentei durante a Fetin foi o meu trabalho de conclusão de curso de Engenharia Elétrica. Apesar de ser um tema complexo consegui atrair o interesse de algumas pessoas. Também achei interessante muitos projetos que conheci durante a feira, são realmente muito tecnológicos", relatou Milica. A estudante gostou tanto da Fetin que pretende propor uma ação como essa para os professores da universidade em que estuda.
"A participação internacional é estratégica para promover a integração cultural entre os alunos. Nesse período a troca de experiência entre eles agrega na formação acadêmica de cada estudante", ressalta o professor Bruno Monteiro.
Premiação
Os projetos foram divididos em quatro níveis e tiveram como vencedores:
Nível 1
1º lugar - Projeto VER - Veiculo de Exploração Remota
2º lugar - Projeto Amnésia
3º lugar – Projeto Cadeira de Rodas Sustentável
Nível 2
1º lugar - Projeto Smart Home
2º lugar – Harken
3º lugar – Projeto Web House
Nível 3
1º lugar – Projeto Termo Desinfectora Odontológica
2º lugar- Projeto Pulse
3º lugar – Projeto Casa Automatizada através de Aplicativo Android
Nível 4
1º lugar - Projeto SPIn - Sistema de Plantações Inteligentes
2º lugar - Elektro Weight
3º lugar – Projeto Quantificador de Microrganismos
Prêmio Fapemig de Inovação Tecnológica
Projeto Smart Home
Além dos prêmios concedidos pelo Inatel às equipes, prêmios temáticos foram oferecidos aos alunos. O Prêmio Idioma Sem Fronteiras foi concedido para a melhor apresentação em inglês e, devido a um empate, duas equipes foram premiadas. O Centro de Desenvolvimento e Transferência de Tecnologia Assistiva (CDTTA) entregou um certificado de reconhecimento aos grupos que realizaram projetos na área de Tecnologia Assistiva.
Outro prêmio que chamou atenção dos alunos foi oferecido pelo grupo de investidores Angels Club que premiou três equipes, que passarão a fazer parte do banco de cadastro da instituição que busca investidores que apóiam a execução do projeto. Além disso, os três grupos premiados estão em processo de avaliação e o que tiver um maior destaque receberá uma premiação em dinheiro. "O prêmio é uma forma de incentivar ainda mais o espírito empreendedor desses alunos. Eles precisam estar cada vez mais cientes que há possibilidades de viabilização dos projetos, dos sonhos, que há pessoas interessadas e dispostas a tornar isso possível. É claro que tudo depende, em primeiro lugar, deles próprios. Mas, essencialmente, tudo o que eles precisam é de uma ideia e de alguém que acredite nela, além deles próprios", afirma João Evaristo, vice-presidente do Angels Club.